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28 DE JUNHO DE 2013

Servidor do INSS aponta causas de greve na categoria


O técnico do Seguro Social do INSS, em Piracicaba, Mário Jorge Ferreira, usou a suspensão do expediente, durante a reunião ordinária desta quinta-feira, 27, para de (...)



EM PIRACICABA (SP)  

Foto: Fabrice Desmonts - MTB 22.946 Salvar imagem em alta resolução


O técnico do Seguro Social do INSS, em Piracicaba, Mário Jorge Ferreira, usou a suspensão do expediente, durante a reunião ordinária desta quinta-feira, 27, para destacar os pontos que levaram a categoria a decretar greve na última segunda-feira, 24. “A população tem total direito de reclamar sobre os péssimos atendimentos (da agência do INSS), mas não adianta cobrar política pública, se não investir no funcionário”, esclareceu Ferreira. Ele usou o espaço a convite do vereador Matheus Erler (PSC).

Na avaliação do servidor federal, o governo trata os funcionários “como se fossem máquinas” e “não tivessem problemas de saúde”. Ele lembra que já foi realizado um relatório com os principais problemas encontrados nas agências do INSS, que, segundo ele, estão defasadas em relação ao corpo de trabalhadores. “É engraçado observar que o governo federal exige de todos os setores que eles tratem e ofereça plano de saúde (aos funcionários), mas o próprio INSS não cuida do seu trabalhador”, avalia Ferreira.

A agência do INSS, em Piracicaba, atende diretamente cerca de 60 mil pessoas beneficiadas e outros 60 como co-beneficiários, “totalizando quase um terço da cidade”, aponta o servidor federal. Ele observa que o governo entrou com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADIN) contra a Emenda 45, a qual define que toda pendência jurídica esteja no âmbito da Justiça Trabalhista, porém, o governo federal não quer suas relações trabalhistas estejam neste âmbito, porque exige acordos com as categorias.

“É uma afronta ao Estado Democrático de Direito”, aponta o servidor, que relata estratégias do comando para tentar impedir ou constranger servidores grevistas, como até desconto nos vencimentos. “A greve não é um direito constitucional?”, questiona. Ferreira diz, ainda, que os servidores trabalhavam com carga horária de 30 horas semanais, mas isso foi alterado. “Porém, a gente se relaciona com um público ‘doente’, com turberculose, e as 30 horas semanais são respeitadas até pelos banqueiros, já que os funcionários de agencias bancárias trabalham nesta modalidade”, avaliou.

O servidor federal também criticou a criação de novas agências do INSS, como aconteceu recentemente na região (foram criadas as de São Pedro e Cerquilho), mas sem qualquer estrutura e ainda utilizando funcionários que antes trabalhavam em Piracicaba. “Você constrói o prédio, mas não contrata, não há qualquer condição”, critica. “O governo federal tem projeto de poder. O governo aparelha o estado”, finalizou.

Texto: Erich Vallim Vicente MTb 40.337
Foto: Fabrice Desmonts MTb 22.946



Texto:  Erich Vallim Vicente - MTB 40.337


Legislativo Matheus Erler

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