
18 DE JUNHO DE 2019
Opinião é de Marco Antonio Ferreira, do Coletivo Popular de Piracicaba
Ele ocupou a tribuna popular para destacar reformas propostas pelo atual governo
Integrante do Coletivo Popular de Piracicaba, Marco Antonio Ferreira apresentou seus argumentos sobre a reforma da Previdência Social, uma das principais bandeiras do Governo Federal. O munícipe esteve na Câmara na 36ª reunião ordinária, nesta segunda-feira (17), quando ocupou a Tribuna Popular. "A reforma, como está posta, atinge diretamente a classe baixa", classificou.
Ferreira citou o contexto histórico e a origem do conceito de Previdência Social. Ele relembrou que a Previdência remonta à instituição da República, após a abolição da escravatura. "Teoricamente, deveria vir para suprir a falta que as pessoas tinham de renda, mas só beneficiou o pessoal do Império", disse, ao destacar ainda que Constituição de 1934, de Getúlio Vargas, instituiu a tríplice contribuição: o financiamento dos empregados, das empresas e do próprio governo.
Conforme destacou o munícipe, a aposentadoria é apenas um dos benefícios alcançados pela Previdência Social. "O Estado seria obrigado a amparar todos os brasileiros, não só na situação de aposentadoria", disse, ao comentar das propostas para a atual reforma da Previdência. "Os bancos têm lucros bilionários, como o Bradesco e o Itaú, que vão praticamente controlar a Previdência. Seremos empregados dos bancos", completou.
Para Ferreira, o argumento de que a reforma irá acabar com privilégio é mentira. "O que estão querendo é esfoliar o pobre para enriquecer o banco", opinou.
O vereador Matheus Erler (PTB) disse que o grande autor da proposta é um especulador megalomaníaco. Ele se referiu a Paulo Guedes, atual ministro da Economia do governo Jair Bolsonaro, e lembrou que a mesma proposta está em vigor no Chile, onde o modelo fracassou.