
16 DE ABRIL DE 2012
Oito soldados residentes em Piracicaba que integraram o Batalhão da Guarda Presidencial em 1962 estiveram na Câmara para convidar o presidente da Casa, João Manoel (...)
Oito soldados residentes em Piracicaba que integraram o Batalhão da Guarda Presidencial em 1962 visitaram a Câmara, na manhã desta segunda-feira (16), para convidar o presidente da Casa, João Manoel dos Santos (PTB), para participar da cerimônia pelos 50 anos do grupo, que será realizada em Brasília, no próximo dia 29 de junho.
Em razão da data comemorativa, os ex-soldados também devem ser lembrados pelo Legislativo piracicabano. "Estou envolvendo o Cerimonial da Câmara para que possamos prestar uma homenagem condizente com a época, com o que eles foram para Piracicaba e para o Brasil. Assim como nós temos homenageado vários grupos da cidade, eles são um grupo que merece nossa consideração e respeito", afirmou João Manoel, que disse que fará o possível para estar presente no evento para o qual foi convidado, na capital federal.
Os oito soldados faziam parte de um grupo de 114 piracicabanos que formaram o Batalhão da Guarda Presidencial entre janeiro e dezembro de 1962 ––duas turmas tomavam posse por ano; a outra entrava em julho. Ao todo, o batalhão era composto por seis companhias com cerca de 110 soldados cada.
"Nós somos de 1962, mas depois, em 1963, foram 15 pessoas de Piracicaba para Brasília, e o restante para o Rio de Janeiro, que era o mesmo batalhão e ainda tinha muito da Presidência, então foi mudando aos poucos. Depois, em 1964, foram outros 150 piracicabanos a Brasília", conta Oriel Denardi, um dos soldados de 1962, que fez a guarda do presidente João Goulart, o último a comandar o país antes do golpe militar de 1964.
Segundo Oriel, como Piracicaba possuía uma das principais companhias do Estado de São Paulo na época, a cidade estava entre as que mais cediam soldados para Brasília. Além dele, visitaram a Câmara nesta segunda-feira Nivaldo Sturion, José Rosa de Oliveira Filho, Mário Bortoleto, José Boldrin, Amaral de Almeida Alves, Pedro Luiz Schmidt e João José Cera. Todos eles têm entre 68 e 69 anos, já que para integrar o batalhão era preciso ter a idade mínima de 18 anos.
TEXTO: Ricardo Vasques / MTB 49.918
FOTO: Davi Negri / MTB 20.499