Ao longo de seus 55 anos, o vereador Aldisa Vieira Marques, o Paraná, conta ter passado por muitos constrangimentos em razão de o seu primeiro nome, na maioria das vezes, ser confundido com nome feminino.

Na noite desta quinta-feira (8), durante a 40ª reunião ordinária, Paraná anunciou na tribuna, ao fazer uso do artigo 44, enquanto liderança, a troca de seu nome de Aldisa para Valdir. Ele disse que, a partir da semana que vem, “tudo estará resolvido”, inclusive com as novas emissões de CPF e RG.

"Quando eu nasci na cidade de Inajá (PR), com dois meses de idade, minha mãe me levou para Tapira, uma cidade próxima. Minha mãe me levou ao cartório para registrar o nome de Jackson e registraram errado, colocando o nome de Aldisa. E a minha mãe, até hoje, não sabe explicar o porquê de eu ter recebido esse nome e nem o finado meu pai. Toda vez que eu perguntava, ela ficava uma semana sem olhar para mim com bronca do meu questionamento", explicou Paraná.

Além das muitas situações constrangedoras por que passou, Paraná lembrou que as pessoas também se sentiam constrangidas ao chamá-lo pelo nome de batismo.

Recentemente, Paraná esteve na UPA (unidade de pronto-atendimento) do Piracicamirim e uma das funcionárias perguntou "Quem era a dona Aldagisa". Surpresa ao se deparar que se tratava de uma pessoa do gênero masculino, a servidora indagou: "É você, mesmo?". "Sim, sou eu mesmo", atestou o vereador.

A primeira opção para a troca de nome, detalhou Paraná, seria de Aldisa para Aldir. "Mas, ao conversar com os meus assessores, houve uma votação no meu gabinete e o nome Valdir foi o escolhido. Minha família também aprovou", contou Paraná, que ressaltou que o novo nome será escrito com V.

Na tarde desta sexta-feira (9), o Cartório de Registro Civil de Tapira (PR) emitiu a nova certidão de nascimento de Paraná, confirmando o nome Valdir Vieira Marques.