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23 DE JUNHO DE 2009

Palestras marcam a continuação da 9ª Semana Antidrogas


A 9ª Semana Municipal Antidrogas, coordenada pelo vereador Bruno Prata (PSDB), teve continuidade na manhã de hoje (23/06) com duas palestras ministradas no Salão No (...)



EM PIRACICABA (SP)  

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A 9ª Semana Municipal Antidrogas, coordenada pelo vereador Bruno Prata (PSDB), teve continuidade na manhã de hoje (23/06) com duas palestras ministradas no Salão Nobre “Helly de Campos Melges” a partir das 8 horas da manhã, com a presença de alunos da escola Olivia Bianco de membros do ”casVI” - Centro de Apoio e Solidariedade à Vida –, Amor Exigente, Delegacia de Ensino, diretores de escola, Pastoral da Sobriedade e convidados.

A primeira sobre a Lei Federal 11.343 teve como palestrante Carlos Canedo, (foto1) estudante de Direito e membro da ONG “casVI” e fez uma leitura explicativa de todos os artigos da lei que norteia o uso de drogas ilícitas. Esta nova lei sancionada pelo presidente Lula trata de maneira diferente o usuário, o dependente e o traficante. Sendo mais dura com os traficantes e com que investe na venda de drogas e entendendo que tanto o usuário como o dependente, não precisam de cadeia e sim de tratamento.

Ele explicou que hoje as políticas públicas usam meios para reduzir os danos causados pelo uso de drogas, na sociedade, e nele mesmo, através de tratamentos e campanhas de prevenção. Mas, por outro lado, lembrou que, na periferia, a Polícia ainda confunde o usuário com o traficante não fazendo uso, na prática, da atual lei.

A segunda palestra foi ministrada pelo policial do Denarc - Departamento de Narcóticos – Márcio Rodrigues, (foto2) que além de policial é jornalista e advogado. Esta foi a palestra de número 2067 de Rodrigues e o tema foi a “Responsabilidade dos pais com os filhos na prevenção à droga”. Utilizando uma linguagem coloquial e muito bom humor, o palestrante conseguiu explicar a todos os presentes a responsabilidade dos pais na educação dos filhos menores de 18 anos e a sua luta na prevenção do uso das drogas.

Explicitando cada ítem, tanto da Constituição quanto do Código Civil, mostrou que o Estado não pode, não quer e não tem competência para educar os menores e por isso ele alterou a lei para que os pais tenham o dever de educar e a responsabilidade de evitar que seus filhos possam fazer uso de drogas.

“A droga não vai acabar nunca e se ninguém ofereceu ao seu filho ainda, você pode ficar tranqüilo que ainda vão oferecer. Eu tenho 100% de certeza que isto vai acontecer. Mas a decisão de aceitar o não depende não só dele, mas de como ele foi criado e do exemplo que ele recebeu em casa”, alertou Márcio.

Para encerrar, ele citou a Bíblia e disse que os pais devem fazer tudo que podem para manter os filhos sobre sua guarda, sãos e salvos, e que Deus fará a parte Dele municiando cada um de nós com a fé e a tenacidade para lutar pelo bem estar da família.

A Programação da 9ª Semana Antidrogas continua a partir das 14 horas com a palestra”Redução de Danos” com os palestrantes: Luiz Cláudio Campos, Benedita Maria de Castro e Rosangela Pereira de Souza.

Menção Obrigatória Texto: Rubens Fontão MTb: 20.493

Fotos Digitais: Davi Negri MTb:20.499

Fotos digitais: Fabrice Desmonts (22.946)

E dando seqüência a série de palestras da programação da 9ª semana Municipal de combate às drogas, foi que o vereador Bruno Prata (PSDB), coordenador da semana, recitou uma poesia de "Juninho Caipira", onde mencionou a triste estória de "um erro irreparável e o arrependimento de ter entrado na terrível cocaína".

Passou então a palavra para Luiz Cláudio Campos, bacharel em direito e mestre e doutorando em administração pública e governo e também Consultor Técnico da Gerência de Prevenção do Centro de referência e treinamento em DST/Aids.

Campos, abordou o assunto referente ao Conceito de Redução de Danos que visa através de estratégias reduzir riscos de infecção do HIV/Aids.

Salientou porém, que a Redução de Danos vem sendo praticada desde a década de 80, portanto, ela é uma estratégia de saúde pública brasileira e está institucionalizada em relação à DST/Aids.

O palestrante porém, finalizou com demonstrações preventivas para um não contato com as infecções contagiosas que a DST oferece, ilustrando de forma pedagógica os métodos que devem serem realizados.

Na continuidade das palestras, a Enfermeira, Benedita Maria de Castro, especialista em saúde pública, Interlocutora DST/AIDS - Piracicaba e responsável pela implantação do projeto Redução de Danos na região, iniciou com a seguinte pergunta: "Qual o perfil de nossa sociedade"? em questões de educação, lazer, saúde, emprego, enfim, afirmou que a saúde em principal, não se trata apenas com medicamentos, mas também com prevenções para uma qualidade de vida melhor.

E exatamente pensando nesta proposta, é que foi implantado em 2001, o projeto de prevenção para o município de Piracicaba, posteriormente alastrando para os demais municípios.

Segundo ela, Piracicaba, Rio Claro e Limeira são consideradas áreas mais afetadas, devido o grande uso de drogas injetáveis, travestis e garotos(as) de programa.

Dentro de um quadro econômico, exemplificou com precisão um aumento populacional, aumento da violência, aumento da exclusão social, gerando-se portanto maior vulnerabilidade para o uso de drogas e seqüencialmente a Aids. Dá-se os números de 50 casos para o ano entre 1980 - 1990 e cerca de 773 novos casos de 1990 - 2000.

Benedita Maria afirmou, que há 8 anos iniciou o projeto de prevenção, portanto, as pretensões em analisar o quadro epdemiológico do número de casos de Aids ainda continuarão, envolvendo gestores locais de saúde, coordenadores de áreas, sociedade civil, entre outras secretarias, conselhos e instituições.

Abordando o mesmo tema, a palestra proseguiu com Rosângela Pereira de Souza, bacharel em licenciatura em Psicologia pela Unimep, especialização em economia do trabalho e sindicalismo pela Unicamp, conselheira e presidente do COMAD gestão 2003-2005, coordenadora do projeto Sangue Bom e conselheira fiscal da ONG CASVI desde 2007.

Por Fernanda Claro

 



Texto:  Comunicação


Legislativo Bruno Prata

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