
27 DE ABRIL DE 2012
O vereador José Antonio Fernandes Paiva (PT) antecipou o anúncio dos dados referentes aos acidentes de trabalho registrados em Piracicaba em 2011. Foram 10.138 caso (...)
Ao usar a tribuna, em reunião ordinária na noite desta quinta-feira (26), o vereador José Antonio Fernandes Paiva (PT) antecipou o anúncio dos dados referentes aos acidentes de trabalho registrados em Piracicaba em 2011. Foram 10.138 casos (contra 9.824 em 2010) e 13 mortes. O levantamento será divulgado oficialmente ao final da passeata que será realizada no Centro da cidade nesta sexta-feira (27), véspera do Dia Mundial em Memória às Vítimas de Acidentes de Trabalho.
Paiva apresentou um histórico do número de acidentes desde que Barjas Negri (PSDB) assumiu a Prefeitura. Entre 2005 e 2011, foram 60.701 casos registrados na cidade: 5.593 em 2005, 6.662 em 2006, 8.247 em 2007, 11.172 em 2008, 9.065 em 2009, 9.824 em 2010 e 10.138 em 2011. "Aumentou 85,8 por cento durante a vigência deste governo, em média 12,25 por ano", analisou Paiva, ao citar que, em 2004, o total ficara em 5.456 casos.
Do total, 79 por cento dos acidentes em 2011 envolveram homens. As áreas com mais ocorrências foram a indústria metalúrgica (concentrando 22 por cento dos casos), o comércio (12 por cento), a construção civil (12 por cento), o setor de serviços (10 por cento) e as indústrias de fabricação de alimentos e bebidas (10 por cento). Os 10.138 casos de 2011 representam média de 845 registros por mês, 28 por dia e mais de 1 acidente por hora. Os acidentes provocaram a morte de 13 pessoas no ano passado ––no total, são 74 vítimas fatais em Piracicaba desde 2005.
Paiva questionou o custo que o desenvolvimento da cidade está representando para o trabalhador e cobrou o investimento em prevenção. "Nós não desenvolvemos no município políticas de prevenção para que o desenvolvimento fosse sustentável, respeitando a vida daqueles que vão construir esse desenvolvimento por suas próprias mãos", comentou. O vereador fez o alerta de que o total de casos poderia ser ainda maior se não houvesse tantas subnotificações, que não entram para a estatística oficial. "Fica uma reflexão: todos somos corresponsáveis por buscar alternativas", declarou, destacando o papel já desempenhado pela Câmara na área, com a realização de audiências públicas e a formação de comissões para debater o assunto.
TEXTO: Ricardo Vasques / MTB 49.918
FOTO: Fabrice Desmonts / MTB 22.946