
26 DE OUTUBRO DE 2012
O vereador José Antônio Fernandes Paiva (PT) usou os cinco minutos regimentais como líder do Partido dos Trabalhadores para falar sobre governabilidade e ética na p (...)
O vereador José Antônio Fernandes Paiva, líder do PT na Câmara de Vereadores, usou a Tribuna na sessão ordinária de quinta-feira, 25, para responder ao vereador Bruno Prata (PSDB) sobre a participação do parlamentar sobre a influência da presidente Dilma Rousseff nas campanhas eleitorais em todo Brasil.
"Quero salientar que tenho respeito pelo parlamentar Bruno Prata, e sei que muita das coisas que ele expressou na Tribuna podem não ser sua iniciativa, mas tem que dizer em nome de pessoas como o líder da minoria na Câmara Federal, deputado Antônio Carlos de Mendes Thame (PSDB). Eu gostaria de perguntar se o governador Geraldo Alckmin não apareceu em nenhuma propaganda dos candidatos Jonas Donizete ou do José Serra em São Paulo, também se o prefeito Barjas Negri não apareceu em nenhuma propaganda política do Gabriel Ferrato, se o procurador geral do município Milton Sérgio Bissoli não foi questionado em juízo por estar em horário de trabalho a serviço da candidatura do Gabriel Ferrato? Mas vamos apagar tudo isso, por que isso é a disputa eleitoral", enfatizou Paiva.
Paiva também falou sobre o sucesso do Programa Bolsa Família. "Mais de 3,1 milhões miseráveis recebiam o Bolsa Família na implantação do projeto do Governo Federal, hoje são 12 milhões, são mais de R$ 30 bilhões de transferência de renda. Nós pagamos a dívida externa ao FMI e não caímos de joelhos para o Fundo Monetário Internacional, as crises estão acontecendo na Europa e no imperialismo americano, no entanto a sociedade brasileira escolheu um modelo de governo que ainda não é o ideal ao que imagino ser, enquanto sindicalista e membro do Partido dos Trabalhadores, mas que mudou a cara do nosso país", explanou.
"Acabou Serra, sua era acabou, São Paulo capital não aceita mais o modelo do PSDB, PFL muda para DEM e PSD, não dá mais. Falando do interior, se Campinas perder a oportunidade de eleger Márcio Pochmann como prefeito, deixa de ganhar um profissional do mais alto gabarito e competência política do nosso país. Quem já teve contato com ele, e nós já tivemos, pois já contratamos o seu serviço sabe da qualidade e do gabarito desse companheiro, falo isso independente de qualquer partido político que ele se encontre", disse.
O parlamentar também relatou que esteve sábado, 20, em Campinas, com a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, "e diziam que a presidente Dilma é um poste, assim como Márcio Pochmann outro poste, e Lula disse aos companheiros e companheiras para ficarem tranquilos, pois de poste em poste é que irão iluminar a escuridão que deixaram o nosso país, uma escuridão da pobreza, uma escuridão da venda das principais estatais do país. Mesmo com a união da Revista Veja, da Folha de São Paulo, da mídia marrom deste país conseguiram fazer com que o PT ampliassem em 32 por cento suas prefeituras e 28 por cento o números de vereadores em todo país", relatou.
Paiva disse que o PT não é um partido perfeito, que na discussão democrática tem-se que assimilar as opiniões divergentes que se expressam. "Eu participo do Novo Brasil, uma das tendências dentro do partido e quero ter a humildade de acatar sempre as opiniões, mas negar que o Brasil mudou de cara nestes nove anos é negar a realidade da satisfação da população brasileira", disse.
"Nós criamos uma nova classe média, tem burguês achando que a culpa do trânsito caótico nas cidades é fato do pobre ter comprado carro, pagando em 60 meses, todos tem direito a cidadania e a viver com dignidade", enfatizou.
Paiva voltou a dizer que respeita o parlamentar Bruno Prata. "Como ele representa na sua fala não o seu comportamento, a sua vida política, particular, mas representa o pensamento de um projeto que vai falir este ano, vai acabar em São Paulo, e vamos em 2014 ganhar as eleições para o governo do estado, isso já está acontecendo no Grande ABC, em Osasco, Diadema, São Bernardo do Campo, São José dos Campos e vamos mudar o país, não com figurinhas carimbadas, mas com caras novas para mostrar que tem que haver mudanças na política", declarou.
E para finalizar Paiva falou sobre o Poder Judiciário. "Em qual momento o Poder Judiciário teve a liberdade de julgar como queira um processo como o Mensalão? Porque não julgaram o Mensalão Mineiro, a Privataria Tucana, mas estão julgando com soberaria o Mensalão, e lembrando que a maioria dos juízes do STF foram colocada no cargo pelo governo do PT, por isso, temos a alto crítica de assumir quando erramos, mas a população brasileira está dizendo que este modelo que eu quero e é como ele que vamos caminhar".
Texto: Ronaldo Castilho – MTB: 58297
Foto: Fabrice Desmonts _ MTb: 22.946