O vereador José Antonio Fernandes Paiva (PT), ao fazer uso da tribuna, falou sobre a ação civil pública da Defensoria Pública, sobre a falta de vagas em creches e pré-escola em Piracicaba. De acordo com a Defensoria, são necessárias mais 200 vagas na rede pública para atender a lista de espera registrada no Conselho Tutelar.

Paiva comentou que a Defensoria enviou mais de 200 ofícios ao Secretário  Municipal de Educação, Gabriel Ferrato, esperou por mais de 43 minutos em um audiência com o Secretário, que o  inquérito civil público possui mais de 1000 páginas e são apenas quatro defensores públicos para 20 juízes e 20 procuradores.

“Aqui nessa cidade ficou o seguinte, um manda e o resto tem que obedecer, lá traz dentro da Guarda Mirim dizia que decisão da justiça a gente cumpre e não discute. Só quero ter a segurança que não vão começar amanhã caçar a cabeça dos quatro defensores públicos, que ficaram 90 dias trabalhando e coletando informações que chegam a todos os gabinetes e constataram necessidade de rever questão das vagas em creche”, comentou o vereador.

O parlamentar falou das escolas construídas pelo Executivo e lembrou que isso não tivesse acontecido, o dinheiro seria aplicado no Santander e daria superávit financeiro e débito social.

O vereador comentou que hoje se paga menos de bolsa creche do que se pagava há três anos e questiona se contrata o metro da construção civil das empreiteiras pelo mesmo que se pagava há anos atrás. Ele falou também dos aditamentos nas obras, o que não tem na educação, e deixou claro que quando vai lidar com ser humano e crianças são colocados os números em primeiro lugar.

Paiva falou sobre declaração do prefeito Barjas Negri, que está contratando serviço de bolsa creche em espaço inadequado, no seu ponto de vista o fato merece a abertura de uma CPI para cassar o prefeito e questionou se toda creche municipal tem sala de sono ou precisa juntar três turmas, se as normas estão sendo cumpridas, como o número de professores e monitores exigidos por Lei, entre outros questionamentos.

“ Quero dizer aqui que sou solidário e estou orgulhoso do papel dos  defensores públicos que defenderam os dados que tinham mas mãos, as angustia das mães que chegou a Defensoria. Não foi nenhum vereador que protocolou o processo lá, são mais de 100º paginas o inquérito. Eles nem queriam dar publicidade ao fato. Eu até pensei que fosse fogo amigo, como tem uma disputa a dois pré candidatos no PSDB, era para queimar um e deixar o outro mais tranqüilo. É difícil a imprensa local dar o destaque que deu a um assunto que mexe na feriada do Governo Municipal”, falou Paiva.

O vereador comentou que a defesa do prefeito foi protocolada na Defensoria e como presidente da Comissão de Educação, pediu para que não seja usado nenhum dos instrumentos da pressão para através da ouvidoria tirar qualquer um dos defensores, pois fará um processo de mobilização.

Patrícia Moraes Sant’Ana _ MTb: 24.154
Foto: Fabrice Desmonts _ MTb: 22.946