
29 DE MARÇO DE 2012
O vereador José Antonio Fernandes Paiva (PT) ocupou a Tribuna da Câmara, reunião ordinária da última segunda-feira (26) para enfatizar o posicionamento contundente (...)
O vereador José Antonio Fernandes Paiva (PT) ocupou a Tribuna da Câmara, reunião ordinária da última segunda-feira (26) para enfatizar o posicionamento contundente do vereador Carlos Gomes da Silva (PP) em temática que envolve a polêmica da construção de presídio em Piracicaba e a instalação de antenas de telefonia. Além de rebater os percentuais de orçamento e variação do Produto Interno Bruto (PIB) apresentados pelo vereador Bruno Prata (PSDB), na ênfase sobre números de obras da atual administração municipal, para reforçar que nesta mesma lógica o prefeito Barjas Negri (PSDB) foi o pior prefeito que o funcionalismo teve na história de Piracicaba, o que aplica o menor percentual do orçamento em pagamento de salários aos funcionários públicos.
Paiva disse que o último prefeito teve um orçamento na ordem de 384 milhões, sendo que o prefeito Barjas está com um orçamento superior a um bilhão e oitenta e dois milhões. "Então, se for fazer percentualmente, um por cento de 384 milhões contra um bilhão, pra dizer que 3 por cento do PIB, só não tem mais investimento na saúde porque foi a bancada do PSDB quem ajudou a derrubar a CPMF e, que os empresários não tiraram dos custos dos produtos e diminuiram os investimentos. E, quando aqui esteve uma pessoa do mais alto conhecimento, que foi Ministro da Saúde, desta tribuna, disse que estes políticos, que fizeram isto, por uma mera decisão partidária, iam favorecer os grandes planos de saúde, sendo que é isso que estamos vendo".
"A gente está se gabando de inaugurar um hospital com 126 leitos e, olhem o tamanho do Hospital da Unimed. Querer comparar o hospital regional com o hospital da Unimed, comparar equipamentos, porque esta foi a política desenvolvida ao longo do tempo em favorecer as iniciativas privadas e não em fortalecer o poder público. E, parabéns à Unimed, que pega o dinheiro dos sócios e investe, sendo que o poder público não faz isso. Nós precisamos sim do hospital, mas não da esperança que está se dando para este tipo de hospital. Cento e vinte e seis leitos para um hospital com mais de um milhão e quinhentos mil habitantes, porque ele não é um hospital municipal e sim regional, não vai resolver os problemas e sim minimizá-los", disse.
"Então, quero corrigir a fala de meu nobre parlamentar, que eu respeito muito como pessoa, dizer que a saúde não vai bem no município e, sim que ela teve avanços". Paiva citou um fato, final da semana passada, quando um jovem de 21 anos, do bairro Boa Esperança, por sete vezes se dirigiu à Unidade do Posto de Saúde do Jardim da Vila Sônia, que ia e saía, de injeção à injeção, sendo que a mãe não se conformando com o diagnóstico médico levou-o ao Pronto Socorro do Piracicamirim, que imediatamente mandou-o à Santa Casa. "Ele estava tendo um derrame cerebral, com diagnóstico de infecção na medula, perdendo todos os movimentos da parte inferior, sendo que hoje estamos tentando arrumar cadeira de rodas e de banho para ele".
"Esta é a saúde que vai bem. A saúde que matou a mãe de Fabricio Bassa. Nós não temos registro no município de mais mortes em prontos socorros do que ocorreu no governo Barjas, que foi Ministro da Saúde e, daqui a pouco vai sair na rua e dizer vote no meu amigo. Quem é amigo do prefeito Barjas, Fernando Cárdenas e Gabriel Ferrato, que foi quem caminhou com ele desde o Governo Federal e veio para Piracicaba".
"Então, se quer abriu um debate, que o secretário de Saúde, Fernando Cárdenas debata com João Amaurício Pauli, que foi o secretário de Saúde de nosso governo. Põe os dois para debaterem aqui. Fazemos o debate, para se clarear o que é ter plano de sáude. Nós temos no município uma ótima conjunção de construção de espaços públicos, mas não temos gestão pública da coisa pública na área de assistência social. Nós não temos uma política de educação. Temos uma ótima de construção de creches, escolas infantis, como que vamos votar aqui hoje, sendo que vamos votar uma denominação extremamente meritória do Padre, mas que é uma escola de educação fundamental que não é o papel do município".
"Nós temos que fazer a história da educação infantil, pois nós temos aí a defensoria pública, com uma Ação Civil Pública contra a prefeitura porque está faltando vagas em creche e, educação fundamental é papel do Estado. Por serem da mesma linha partidária assumem a função do Estado e não cumpre a determinação de tratar a educação infantil que é obrigação do município.
Então, são estas questões que temos que aclarar. Recebi umas orientações do ordenamento jurídico do que pode ou não pode fazer num processo eleitoral. Gente, o que está acontecendo na cidade, os órgaõs de imprensa, escrita e falada estão escancarando uma pré-campanha. Falavam tanto da pré-campanha lá atras, da presidente Dilma, mas agora é descarado. E, a gente vem para o processo assim, vamos mostrar quem está fazendo política pública", disse.
"Dizer que o prefeito Barjas não trabalha é coisa idiota falar uma coisa desta. É um trabalhador sim, é um abnegado, gosta de estar sempre na Prefeitura, sai tarde, persseguindo. Mas ele tem uma equipe que não tem plano de governo, que atinga as pessoas, os seres humanos. A terceirização no poder público em Piracicaba, ela tomou conta, em todos os setores. As construtoras foram as que mais cresceram no governo Barjas. Porque? Nós precisamos construir. Quem entende um mínimo de poder público e, está assistindo o Fantástico está acompanhando como este processo está acontecendo em todo o país. Nós precisamos ter um processo de terceirização, de expansão construtivista na gestão pública, porque tratar do ser humano é difícil", disse.
"A hora que eu cuido bem do vereador Capitão Gomes eu não posso cuidar do vereador Bruno. Mas eu posso cuidar bem do Longatto e não cuidar do vereador Trevisan, mas se eu construir uma parede e colocar uma placa, é parede, ela não vai reclamar. Agora, gestão pública, de atendimento ao ser humano não está boa. Ou vamos dizer que segurança está boa. Nós tivemos mais um conflito entre a Polícia Militar e a favela Portelinha. Porque? Porque quando não temos política de inclusão social. tem que ter política de ação policial. E, lá vão os coitados dos companheiros, trabalhadores da segurança pública, sejam eles militares ou civis, vão lá assumir uma falha do Estado, de falta de política pública de inclusão social e tem que usar a força ou as armas para conter uma coisa que uma política social com assistente social se resolve".
"Quando não se tem isso, é muito mais fácil divulgar 52 mihões de reais para a Hyundai, construir um presídio super faturado de quase 45 milhões de reais, quando o próprio processo de licitação chegava no máximo até 37 milhões. Porque os milhões é que saltam aos olhos. Então, dá para fazer este debate sim. Eu quero só dizer, que nesta situação em que nós tivemos, no início do governo Barjas, um desmonte do programa de saúde, ou não lembram das passeatas pelo centro da cidade, quando desmontaram as equipes do PSF e fez um processo de construção de adapatação do PSF para saber o que é o programa de Saúde da Família e, que é extremamente importante".
"Colocaram plaquinhas da UPA, mas vai ver os municípios que colocaram plaquinha de pronto atendimento conforme o governo Federal preceitua. Não é mudar placa. É atendimento que tenha todas as clínicas exigidas. E, aí, depois da eleições, porque antes o Serra não deixava, foi transformada as unidades de pronto atendimentos em UPAS, mas só colocou a placa. Este dia eu estava numa cidade do litoral e você via a UPA de lá, que instalações. Então, nós só estamos nos apegando a três coisas, saúde segurança e educação. Quer avançar as discuções em outras coisas?. Há, mas temos que fazer. Nós somos a gestão da Câmara que mais produziu na história. Será que alguém está falando isso pelas ruas?. O fato é que os vereadores estão fazendo mais projetos, mais indicações, requerimentos, produzindo mais, votando mais matérias, fazendo mais extraordinárias, porque há esta demanda. Somos obrigados, estamos sendo pagos pelo público para termos uma atuação legislativa e fazemos isso com orgulho, com submissão aos nossos eleitores. Vamos nos bairros escutar, vamos seguir aqueles parlamentares que chamam a discussão do poder público municipal. Se a saúde melhorou, melhorou porque temos muito dinheiro, mas tem muito para melhorar, não está boa não. Não sou de dar carteirada, quando entro numa unidade de saúde entro com calma, me apresento como Paiva. O trabalhador da saúde dever ser respeitado", concluiu o parlamentar.
Martim Vieira Mtb 21.939
Foto: Fabrice Desmonts Mtb 22.946