Raquel Moreno, ativista que atua em ações voltadas à acessibilidade da comunidade surda, utilizou a tribuna nesta quinta-feira (12), na 75ª reunião ordinária, para enaltecer conquistas da causa da “diversidade surda”.

A oradora contou que, por um período, permaneceu no “armário da surdez”, isto é, sem aceitar sua condição e afirmou que as mudanças geradas em sua vida pessoal foram importantes para seu amadurecimento.

“Eu sou feliz por dizer a todos que é possível sim lutar, trabalhar, passear, melhorar, com a nossa diferença de comunicação, não temos vida fácil, tudo tem um grau de dificuldade maior, mas tudo é possível”, disse Raquel Moreno.

Raquel também evidenciou sua conquista no Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência de Piracicaba, no qual foi eleita com o maior número de votos, e seus ganhos em sua trajetória enquanto ativista.

“Surdo não precisa de babá e neste tempo todo Deus é essencial para mostrar para mim que, antes de ser surda, eu sou Raquel Moreno”, disse a oradora.

Ao fim do uso da tribuna, a oradora deixou uma mensagem para a comunidade surda. “Eu peço para que os surdos que me assistem reflitam sobre influências, questionem, cuidem-se, vivam, protejam a cultura surda, protejam a comunidade surda, a história de luta, mas, sobretudo, permitam que a informação e o desenvolvimento cheguem”, disse.

Ela também enalteceu o projeto de decreto legislativo 48/2019, de autoria da Mesa Diretora da Câmara de Vereadores de Piracicaba, que foi aprovado em redação final na 21ª Reunião Extraordinária, o qual propõe a criação de convênio com entidades públicas ou privadas para a elaboração de projetos relacionados a acessibilidade e inclusão.

“Obrigada a todos parlamentares por estarem engajados com uma Câmara mais inclusiva”, disse Raquel.