18 DE NOVEMBRO DE 2022
Leandro Rafer Silva utilizou a tribuna popular, na noite desta quinta-feira na 59ª, para cobrar a contratação de médicos para o atendimento de crianças autistas
Leandro Rafer Venancio da Silva ocupando a tribuna popular na noite desta quinta-feira (17), durante a 59ª reunião ordinária
O "Aumento na demanda de crianças com suspeita de autismo" foi o tema abordado pelo orador popular, Leandro Rafer Venancio da Silva, na tribuna popular na noite desta quinta-feira (17), durante a 59ª reunião ordinária. Ele desenvolve trabalho com crianças autistas.
Com transtorno do espectro autista, Venancio relatou a problemática da falta de neuropediatra no Sistema Único de Saúde. "Hoje, na rede, estamos com zero neuropediatra. Estamos fazendo muito pouco, principalmente pelas crianças. A Secretaria Municipal de Saúde não tem noção de quantas crianças há no município dentro do espectro autista", denunciou.
Na Atenção Básica, relata o profissional, há 26 pediatras. "É pouco, mas é mais que 1 neuropediatra. As crianças, hoje, abandonadas pelo sistema vão pagar o preço, porque não tem volta. Tem muita criança de nível 3, de grau severo, que precisa de estímulo".
O orador popular comentou a iniciativa de alguns vereadores em incentivar a Administração Municipal a criar uma carteira de identidade, específica para pessoas com o transtorno do espectro autista, porém, o modelo de saúde atual, acrescenta Silva, consiste em prover a assistência e terapia para crianças a partir de cinco anos. "Estudos científicos da ONU (Organização das Nações Unidas) comprovam que mais de 90% de ganhos acontecem em crianças até os três anos de idade. Ou seja: estamos abandonando nossas crianças".
O vídeo com a fala do orador popular pode ser visto na íntegra, ao lado esquerdo da página.