Líder do governo na Câmara, o vereador José Aparecido Longatto (PSDB) destacou o equilíbrio das contas públicas nas gestões Barjas Negri e Gabriel Ferrato (PSDB) ao usar a tribuna em reunião ordinária na noite desta quinta-feira (21). Ele fez menção ao assunto em resposta à fala do colega José Antonio Fernandes Paiva (PT), que contestou os R$ 17 milhões deixados por Barjas no caixa da Prefeitura ao término de sua gestão.

"O governo que começou em 2005 é que mudou a cara de Piracicaba", defendeu Longatto. "O governo que deixa dinheiro no caixa cumpriu a Lei de Responsabilidade Fiscal. Isso é capacidade de gestão pública, porque o outro governo que saiu não deixou um tostão; só deixou dívidas, e muitas dívidas, e nós pagamos. Hoje, se abre uma concorrência pública, faz fila de empresa que quer ganhar para fazer obra em Piracicaba, porque tem certeza de que vai receber antecipadamente."

O vereador destacou a votação expressiva alcançada por Barjas Negri em suas duas eleições ("Nunca na história de Piracicaba um prefeito teve tantos votos") e voltou a propor a comparação das administrações do PSDB com a que as antecedeu em Piracicaba. "Quando o Barjas assumiu em 2005, não tinha um Melhoral nas prateleiras das farmácias públicas; tinham mais de R$ 100 milhões de dívidas de curto prazo para pagar", comentou Longatto.

"Esta Casa de Leis devolveu R$ 1,5 milhão para pagar a CPFL, que estava sob o risco de cortar a energia das creches e dos postos de saúde porque o governo que terminou em 2004 não tinha pago. Nós fizemos uma reunião na sala da Presidência e pedimos que esta Casa abrisse mão de R$ 1,5 milhão em nome das crianças de Piracicaba. Não tinha um credor que não reclamasse, que não viesse bater à porta dos vereadores aqui", rememorou o parlamentar.

Longatto enfatizou a projeção obtida pela cidade nos últimos anos. "Hoje, Piracicaba não é mais fundo de quintal de Campinas. Eles não têm a rede de saúde que nós temos hoje, com UPAs, PSFs, prontos-socorros." O vereador disse ainda que não ficará em silêncio ante as comparações. "Se Barjas Negri não tivesse uma proposta de governo, será que Piracicaba iria elegê-lo? Criticar um prefeito que deixou um saldo de R$ 17 milhões... Oras, estamos de brincadeira, né?", concluiu.

TEXTO: Ricardo Vasques / MTB 49.918

FOTO: Fabrice Desmonts / MTB 22.946