A prevenção da gravidez na adolescência foi o tema relatado pelo vereador Ronaldo Moschini (CID), que também é médico ginecologista, na noite desta quinta-feira (12), na 11ª reunião ordinária. “A incidência disso nos preocupa”, declarou.

Moschini definiu a adolescência como a fase de transição da infância para a adulta, de homens e mulheres. Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), isso ocorre entre 10 e 19 anos. Já o Estatuto da Criança e do Adolescente diz que isso acontece entre 12 e 18 anos.

“É um período de transformações físicas, fisiológicas, emocionais e psicológicas. É fase de construção e afirmação de nova identidade social. É uma etapa do ser humano para atingir a maturidade social”, afirmou o parlamentar.

O vereador trouxe dados de 2018, em relação ao município, de que foram registradas 504 gestantes de 10 a 19 anos. Esse número representou 8% a menos de 2017, em que 548 engravidaram.

Segundo o parlamentar, a queda ocorre desde 2014, quando 739 meninas deram à luz no município, conforme estimativa da secretaria de Saúde.

“Isso ocorreu por causa da orientação, prevenção e do acesso aos métodos contraceptivos. Não podemos proibir ou inibir o início da sexualidade. Não podemos proibir os adolescentes e jovens de suas emoções, mas podemos orientá-los para que se faça a prevenção e evite uma gravidez indesejada nesse período complicado da vida”, reforçou Moschini.

Para ele, é necessário que médicos e a população em geral exerça essa função de orientar. O vereador citou que recentemente o governo federal lançou a companha, em fevereiro, intitulada “Adolescência primeiro, gravidez depois”, que foi mal interpretada.

“Muitas pessoas acreditaram que a campanha tinha como objetivo proibir o direito dos adolescentes de exercerem a sexualidade. Mas isso é para ter orientações e prevenções sobre o tema”, reforçou Moschini.