
24 DE ABRIL DE 2012
Por força do Requerimento Nº 184/12, de autoria do vereador Bruno Prata (PSDB) parte do expediente da reunião ordinária de ontem (23/04/12) foi suspensa, por 15 (qu (...)
Por força do Requerimento Nº 184/12, de autoria do vereador Bruno Prata (PSDB) parte do expediente da reunião ordinária de ontem (23/04/12) foi suspensa, por 15 (quinze) minutos, para as explanações da secretária municipal do Desenvolvimento Social de Piracicaba, Maria Angélica Guércio falar sobre os moradores de rua.
Angélica Guércio falou de um trabalho social com vertente organizada, que procura atender todas as áreas, contemplando uma política pública estabelecida pelo Sistema Único de Assitência Social, com o privilégio de já ter instituído na cidade, não só em estrutura aprovada pela Câmara, o que está em pleno funcionamento, bem como as ações sociais, incluindo o orçamento municipal, quem também foi aprovado pela Câmara.
Segundo a secretária, o prefeito municipal Barjas Negri (PSDB) teve grande preocupação com relação aos valores direcionados para as áreas sociais, com destaque à educação e saúde que despontam por apresentarem índices que diferenciam de todas as outras áreas sociais. "Tivemos aumento não só na assistência. O trabalho social é nosso preparo, nossa função, dai quando a gente inicia uma gestão pública tem que ser de forma integral. Entre várias ações temos duas prioridades, que é a criança e o adolescente e a população idosa, o que somado com a população de rua, são áreas com bastante ênfase na questão da organização social, que a partir daí é que definimos as políticas que fazem parte do plano de ação municipal", destacou a secretária enfatizando que todos os dados estão disponibilizados no Ipplap - Instituto de Pesquisa e Planejamento de Piracicaba, aos vereadores, no sistema de transparência e aberto à toda população.
A secretária também considerou os 10 anos do projeto CASE (Centro de Atendimento Sócio-Educativo), como o maior projeto de adolescente que temos em Piracicaba, o que demandou desafios para a sua manutenção em todo este tempo graças às parcerias estabelecidas. Citou o trabalho on line, do projeto de recadastramento de deficientes, em sua terceira etapa, também evidenciando um trabalho da Secretaria Municipal de Educação, no ensino fundamental, além das secretarias de Esporte e Cultura, com destaque aos deficientes.
Maria Angélica apresentou o projeto com população de rua, o que demanda aplicação de 1,3 milhão por ano, em atendimento 24 horas, o que mais parece um hospital devido à sua dinâmica de atendimento. A consideração é que este trabalho é um dos mais difíceis do país, decorrente de uma série de dificuldades que estas pessoas vivem, o que demanda um trabalho em conjunto, onde a assistência social tem seu papel, a saúde, o trabalho e o apoio social de maneira mais ampla. "Nossos projetos dão o suporte básico para que isso possa acontecer. Temos três serviços para a população de rua: O CASE, que representa o núcleo de apoio social, onde a pessoa tem de fato uma moradia, apesar de provisório, com abrigo e alimentação, banho e atividade com profissional atuando. O Albergue Noturno, voltado à população migrante, onde procura-se trabalhar dentro da política estadual. E, a política nacional, decorrente de uma série de movimentos que ocorreram, refletindo o que se passa nas demais partes do Brasil, especialmente na região nordeste, em condição de rua, não só o adulto como crianças, onde aparecem os problemas das drogas, em primeiro lugar o álcool e depois outras drogas, incluindo problemas recorrentes, como o de sáude mental.
Angélica informou que no ano passado foi instalado um centro social para atender o morador de rua, com o trabalho de abordagem de criança e população adulta. O centro possui profissionais preparados e capacitados, com o apoio de equipe técnica, o que garante um atendimento humanitário.
"Na verdade temos tres grandes serviços, todos estruturados, com espaços públicos, organizados de maneira adequada, com acessibilidade, o que demanda parcerira de outras secretarias, como a saúde e educação. Não temos o poder de tiras as pessoas das ruas sem que elas queiram. Somos insistentes, nosso pessoal é marrudo mesmo. Às vezes temos situações difícieis quando nos colocam na parede com a questão das drogras. Recebemos recursos federais para atuar contra o crak e outras drogas. Há muito atendimento quando a pessoa está em situação de rua. Há que se trabalhar a questão da responsabilização da família", disse.
Martim Vieira Mtb 21.939
Foto: Fabrice Desmonts Mtb 22.946