
17 DE ABRIL DE 2012
O vereador José Aparecido Longatto (PSDB) defendeu o modelo adotado pelo município na destinação dada ao lixo e cobrou a responsabilidade que donos de terrenos part (...)
O vereador José Aparecido Longatto (PSDB) foi à tribuna, durante reunião ordinária na noite desta segunda-feira (16), defender o modelo adotado pelo município na destinação dada ao lixo e cobrar a responsabilidade que donos de terrenos particulares têm na conservação de seus lotes. O líder do governo na Câmara ainda rebateu os comentários de quem critica a administração do prefeito Barjas Negri (PSDB) por falhas nessas duas áreas.
"É muito fácil pessoas fazerem citações de que o atual governo precisa olhar com bons olhos para os problemas que se arrastam, como o mato e o lixo. Quantos anos faz que aquele aterro sanitário que temos estava prestes a ser saturado e governo nenhum foi atrás para fazer uma nova licitação, para ter a outorga da Cetesb, do DEPRN [Departamento Estadual de Proteção de Recursos Naturais]? Esperaram expirar toda aquela área onde existe o aterro sanitário e nada foi feito", afirmou.
Longatto explicou que, ante os problemas com a tentativa de obter uma nova área para o acondicionamento do lixo, a saída foi estabelecer um convênio para levar os resíduos até Paulínia. "Este governo começou a procurar áreas para fazer um novo aterro, mas teve problemas com a legislação, com a licitação. Não tínhamos outro meio senão transportar nosso lixo para outra cidade, pagando para que fosse permitido usar o aterro sanitário daquela cidade. Ou seria melhor deixar o lixo amontoado pelas ruas? Acho que o melhor destino é depositar esse lixo em um aterro aprovado aos olhos da lei, não importa a cidade", argumentou.
MATO
Em relação ao mato alto que toma conta de terrenos nessa época do ano, Longatto comentou que a situação não é exclusiva do município, nem da atual administração. "Piracicaba tem tentado, no período das águas, de outubro até março, resolver o problema do mato, que não é só de Piracicaba ––toda cidade tem esse tipo de problema––, porque é evidente que no período das águas você corta o mato e dentro de 10 dias ele já toma conta das áreas", disse.
O vereador cobrou a responsabilidade de donos de terrenos particulares. "O mato não seria tão "apresentador" se cada cidadão cuidasse de seu terreno. Muitas denúncias que chegam à Câmara são de propriedades particulares. E como se resolve isso? As pessoas são procuradas e notificadas para fazer calçadas, muros e para que tomem conta de sua área, mas a Prefeitura não tem como obrigar a limpar. É um problema que, em todas as administrações que eu vivi e participei, tem o mesmo efeito. Só se consegue resolver a questão do mato de março para frente, porque as águas das chuvas vão diminuindo e o sol já não é tão intenso como no verão."
SAÚDE
Na tribuna, Longatto também falou sobre os procedimentos adotados pelo Executivo na saúde. "Temos dois hospitais que atendem a cidade. O prefeito tem comprado os leitos hospitalares dentro da lei e tem atendido de maneira satisfatória as pessoas que necessitam. É evidente que, em determinados dias, faltam vagas na UTI", comentou. "A entrada para o sistema são os pronto-socorros. E lá existem três tipos que determinam se [o caso do paciente] é de urgência, se corre risco ou se precisa de vaga zero. Quando se detecta que o paciente necessita de vaga com urgência, vai direto para o hospital. A maioria dos frequentadores dos pronto-socorros, às vezes, tem uma dor de garganta; é o tipo da enfermidade que o médico detecta, faz o exame, dá o remédio e a pessoa vai embora para casa", afirmou Longatto, antes de explicar qual o encaminhamento dado em casos mais graves. "O médico analisa o paciente: se precisar de vaga, ele faz o pedido, o médico da Central de Vagas se dirige até aquele pronto-socorro para analisar o paciente e, aí sim, se a vaga for necessária, o paciente é transferido para o hospital."
Ao falar da saúde, Longatto disse que a cobrança maior deve ser direcionada aos governos federal e estadual, que ficam com 60 por cento e 25 por cento, respectivamente, de todo o imposto arrecadado no país. "É muito fácil o prefeito ser cobrado, só que ninguém fala da responsabilidade dos governos superiores, o do Estado e o federal. Ninguém vai cobrar o deputado estadual, o deputado federal, mas o vereador é o saco de pancadas, porque é ele que, na maioria das vezes, resolve o problema do cidadão, que vai atrás, que busca, que conhece todo mundo. É ele que resolve, mas aí ninguém fala nada. Quando a coisa vai bem, o vereador não faz nada; quando a coisa vai mal, o culpado é o vereador. É o que a gente mais escuta nas ruas da cidade", declarou.
TEXTO: Ricardo Vasques / MTB 49.918
FOTO: Fabrice Desmonts / MTB 22.946