
25 DE SETEMBRO DE 2012
O vereador José Aparecido Longatto (PSDB) usou a tribuna, durante reunião ordinária na noite desta segunda-feira (24), para repudiar a manchete do Jornal de Piracic (...)
O vereador José Aparecido Longatto (PSDB) usou a tribuna, durante reunião ordinária na noite desta segunda-feira (24), para repudiar a manchete do Jornal de Piracicaba do último sábado (24), que relacionou seu sobrenome à descoberta de um desmanche de carros em uma chácara pertencente à sua família. Segundo Longatto, a propriedade, no Parque Orlanda, estava alugada a dois homens havia pelo menos sete meses.
O parlamentar disse que o que tem foi "ganho no cabo da enxada", a troco de ter "mãos calejadas e pele queimada pelo sol". "Estou nesta Casa há seis mandatos, de dedicação e trabalho. Quem me conhece sabe onde moro, há 53 anos. O que tenho foi ganho no cabo da enxada. Andava quatro quilômetros e meio descalço para ir à escola. Sobrevivi a isso. Tenho a cara limpa, não devo R$ 1 a ninguém, aonde chego sou bem recebido. As minhas dívidas eu pago", declarou.
Longatto lembrou que seu único carro é um Uno ano 1993 e que não tem outros. "E não tenho mesmo. O que tenho é a herança do meu velho pai." O vereador disse ter orgulho de sua família e criticou o diário por relacioná-la à ocorrência policial. "Enlamearam minha família. Jogaram na lama o sobrenome Longatto. Minha mãe tem 82 anos, ela não é ladra. Alguém vai responder por isso."
O parlamentar informou que processará o Jornal de Piracicaba por "injúria, calúnia e difamação" e pedirá retratação e reparação "na mesma página, com igual tamanho". O vereador declarou que espera que o caso seja esclarecido "com a maior brevidade possível" e que o jornal seja "digno e honrado" em dar o mesmo espaço ao resultado da apuração da polícia.
Longatto agradeceu o apoio de amigos e de outros vereadores e disse acreditar "nas providências divinas". "Sou osso duro de roer, não tenho medo de nada. Me aguardem: vou procurar ser calmo e sereno", afirmou, antes de concluir: "O povo vai julgar na urna se eu devo ou não continuar".
Os vereadores Carlos Gomes da Silva (PP), João Manoel dos Santos (PTB), José Antonio Fernandes Paiva (PT) e Laércio Trevisan Júnior (PR) usaram os microfones para manifestar solidariedade ao colega de plenário.
TEXTO: Ricardo Vasques / MTB 49.918
FOTO: Fabrice Desmonts / MTB 22.946