O vereador José Pedro Leite da Silva (PR) fez críticas ao estado de conservação da malha viária de Piracicaba e questionou a existência de lombadas em rodovias, apontando o risco que elas representam para os motoristas que trafegam nos limites de velocidade permitidos para os trechos.

Nesta segunda-feira (16), José Pedro conferiu as "péssimas condições", como ele classificou, da rodovia que liga Piracicaba a Inhumas. "Faz um ano e meio que ela foi recapeada. Em 50 trechos não tem asfalto, já é pedregulho. Se o cidadão viaja com pneu meio careca ou cortado, o que o guarda faz? Para e multa esse cidadão. Mas e o governo, que deixa uma imensa quantidade de buracos na estrada?", indagou o vereador, ao usar a tribuna durante reunião ordinária na noite desta segunda-feira.

O parlamentar questionou o secretário municipal de Trânsito e Transportes, Paulo Prates, sobre as lombadas existentes em rodovias, como na SP-304, em que o obstáculo antecede um semáforo e, por isso, muitas vezes não é notado, principalmente à noite. "Temos algumas lombadas no município que não têm razão de existirem, que estão na frente do semáforo e causam um dano para todo caminhoneiro. Elas não estão adequadas. No momento em que ele [caminhoneiro] passa nessa lombadinha de 80 a 100 centímetros, um pneu sobe e todo o peso da carga vai em cima de apenas um eixo. Não dá para admitir que lombadas da forma que temos em Piracicaba continuem atrapalhando os motoristas", afirmou.

MATO E PLÁSTICOS
Na tribuna, José Pedro também cobrou a responsabilidade de donos de terrenos particulares em mantê-los limpos. Ele lembrou que a obrigação está prevista em lei municipal. "Esse período de chuva causa um crescimento mais do que normal [no mato]. Bandidos podem se esconder, animais peçonhentos podem se procriar e atacar a população, criando essa insegurança, mas a ele [proprietário] não cabe uma multa", comentou.

Já ao falar sobre a medida que limitou o uso de sacolas plásticas na maioria dos supermercados do Estado de São Paulo, José Pedro sugeriu que, em vez de restringir o artigo, se optasse por reciclá-lo. "Eu atuo na área, comercializo esses produtos. No momento em que você trabalha com produtos que foram 100 por cento reciclados, você não está acrescentando nada no meio ambiente", disse o vereador, ao afirmar que "o biodegradável polui no mesmo nível".

"Apelo para que a gente discuta o reaproveitamento. Sacos que estão jogados no meio ambiente não têm nenhuma motivação para que não sejam novamente aproveitados", completou José Pedro, comparando a importância de investir na reciclagem das sacolas tal como se fez com as latinhas de alumínio.

TEXTO: Ricardo Vasques / MTB 49.918

FOTO: Fabrice Desmonts / MTB 22.946