O vereador José Pedro Leite da Silva (PR) alertou sobre os riscos de o rio Corumbataí não dar conta de abastecer Piracicaba caso seja permitido ao Serviço Municipal de Água e Esgoto (Semae) exportar água a municípios vizinhos. Para exemplificar que a vazão do rio é a cada ano menor e a porcentagem de água captada, maior, o parlamentar citou dados de 2005.

"O rio Corumbataí, na sua pior vazão, nunca tinha sido menor que 9 metros cúbicos por segundo até 1999; em 2005, chegou a 2,5 m3/s. Desses, Piracicaba captava 1,8 m3/s e sobrava 0,7 m3/s, menos de um terço", observou. Segundo José Pedro, a legislação veda que a quantidade de água captada pela cidade seja maior que dois terços do volume do rio, em razão do desequilíbrio que a menor vazão pode gerar no ecossistema.

O vereador também observou que as plantações de cana-de-açúcar têm avançado ano a ano em direção a áreas antes reservadas. "Quando fomos em 1994 à nascente do rio Corumbataí, as plantações de cana estavam a 2 quilômetros da nascente; hoje, estão a 20 metros."

TEXTO: Ricardo Vasques / MTB 49.918

FOTO: Emerson Pigosso / MTB 36.356