O vereador José Pedro Leite da Silva (PR) usou a tribuna, durante reunião ordinária na noite desta quinta-feira (26), para criticar o estado de conservação da estrada que liga Piracicaba a Anhumas. A via recebeu investimentos em torno de R$ 1,5 milhão do governo paulista, mas, cerca de um ano e meio depois da obra, diversos trechos apresentam falhas na pavimentação. "Não dá para entender: uma pista que já era asfaltada, sofreu um recapeamento e hoje está praticamente na terra. Um ano e meio depois, há um trecho de 40 metros em terra, pior do que estava antes do recapeamento", disse o vereador, que no último dia 16 conferiu de perto as condições da via.

José Pedro cobrou que o Governo de São Paulo exija da empresa responsável pela obra a recuperação da pavimentação danificada. "São vários trechos da rodovia que não têm asfalto, é pedregulho no chão. Quando vierem a chuva e a safra de cana, [a estrada] não vai ficar com asfalto, porque só tem uma "casquinha". Como pode o Governo do Estado contratar uma obra e receber um péssimo serviço, como o que foi entregue nessa rodovia?", questionou o parlamentar, informando que solicitará ao governo paulista explicações sobre a responsabilidade da empreiteira contratada.

O vereador ainda criticou os valores dos pedágios cobrados no Estado de São Paulo. Ele usou como exemplo Nova Odessa, cuja Prefeitura tem que administrar a cidade com um Orçamento anual pouco acima do que arrecada, no mesmo período, a praça de pedágio da Rodovia Anhanguera localizada dentro dos limites do município.

"O pedágio da praça de Nova Odessa arrecada aproximadamente R$ 100 milhões por ano e é responsável por 35 quilômetros de rodovia. Já a cidade de Nova Odessa tem um Orçamento de R$ 120 milhões e é responsável por aproximadamente 500 quilômetros de vias internas, além de ter que dar educação, saúde, assistência social, infraestrutura. Tudo isso com R$ 120 milhões, quando um só pedágio arrecada mais de R$ 100 milhões por ano", comparou o vereador.

José Pedro mostrou indignação com as tarfas cobradas e questionou a falta de interesse da administração pública em viabilizar o transporte hidroviário, mais barato que o rodoviário. "É uma vergonha o custo do pedágio no Estado de São Paulo. Nós temos que acabar com essa farra", declarou.

TEXTO: Ricardo Vasques / MTB 49.918

FOTO: Fabrice Desmonts / MTB 22.946