
19 DE FEVEREIRO DE 2013
"Evite o financiamento; se você não pode, não faça." Esse foi o conselho dado pelo vereador José Benedito Lopes (PDT), durante reunião ordinária na noite desta segu (...)
"Evite o financiamento; se você não pode, não faça." Esse foi o conselho dado pelo vereador José Benedito Lopes (PDT), durante reunião ordinária na noite desta segunda-feira (18), ao consumidor que pretende comprar um carro zero quilômetro. "Já trabalhei com venda de veículos e posso orientar: se você não tem condições, não entre na jogada de financiamento de um automóvel", reforçou o parlamentar, na tribuna.
José Lopes usou o exemplo de um amigo que o procurou. O homem deu R$ 7 mil de entrada em um carro 0 km e dividiu o restante em 60 parcelas de R$ 700. Já pagou R$ 8.400 em 2011, outros R$ 8.400 em 2012 e R$ 1.400 neste ano. "Ele já deu R$ 25.200. Agora, faltam 26 prestações, ainda tem R$ 23.800, fora o seguro, o IPVA... O carro, depois de pago, estará em R$ 53.500!", comentou o vereador.
Não bastasse o alto preço pago pelo veículo novo, José Lopes alertou para o baixo valor que ele vai alcançar numa possível venda. No caso de seu amigo, que agora precisa passar para frente o carro em razão de dificuldades financeiras, o retorno que ele terá numa negociação pode representar menos da metade do total que pagará pelo bem ao final do financiamento.
"Ofereceram para ele R$ 5 mil, mais assumir a dívida do carro [R$ 23.800]. Ele não acha ninguém que dá mais. O valor do carro dele hoje está em torno de R$ 22 mil, R$ 23 mil. Infelizmente, é o mercado", comentou. "Cuidado: você acaba entrando [no financiamento] e paga dois carros. Faça como muitos: vai guardando um dinheirinho e compre à vista seu carro, ou compre um mais simples", concluiu.
INTERNAÇÕES
José Lopes comentou ainda sobre as dificuldades que tem encontrado para encaminhar pedidos por internação hospitalar na rede pública de saúde, nos casos em que o médico do pronto-atendimento faz a solicitação após o contato inicial com o paciente.
Ele citou o exemplo de uma família o procurou em seu gabinete para tentar a internação de um jovem. Segundo José Lopes, a demora para encaminhar o paciente a um hospital acabou contribuindo para sua morte.
"Se tivesse sido internado quando foi pedido, esse jovem não teria morrido. Ele foi internado na segunda, mas aí não teve mais jeito. Ficou mais um, dois dias e acabou morrendo por consequência da demora. Tem médico que é sincero: "Se tivesse internado antes, talvez não teria morrido". O Hospital Regional pode até melhorar alguma coisa, mas a preocupação é grande. É preciso que se faça alguma coisa com urgência", defendeu José Lopes.
TEXTO: Ricardo Vasques / MTB 49.918
FOTO: Fabrice Desmonts / MTB 22.946