O vereador Laércio Trevisan Jr. (PL) criticou a fila de espera e o registro de mais uma morte de paciente que havia sido atendido na UPA Vila Cristina. Nesta segunda-feira (16), o parlamentar ocupou a tribuna da Câmara, como líder de partido, durante a 58ª Reunião Ordinária, e apresentou números do DataSUS, que revelam algumas quantidades de pessoas que aguardam exames na cidade. 

“Como vai a saúde de Piracicaba? É uma pergunta que faço”, iniciou, ao citar alguns dados: “na fila de ultrassom, são 32.199 pessoas; na fila para exame de cardiologia, 5.108; na fica de eletrocardiograma, 9.224; e na de fundoscopia, 1940”, informou.

Trevisan Jr. também citou a morte de um rapaz, ocorrida no domingo (15), na UPA Vila Cristina. “Infelizmente, novas mortes vêm ocorrendo”, disse. “São pacientes que vão e voltam para a unidade, mas os médicos não solicitam internação para que se faça uma análise do quadro clínico daquele que já voltou três vezes”, acrescentou. “Ele foi uma, foi a segunda, voltou a terceira, não foi encaminhado e faleceu.”

Ele citou, ainda, o caso de um outro paciente, com o qual chegou a fazer contato por telefone. “Ele me procurou dizendo que precisava ser internado, dizia que faltava ar, eu respondia para ele, entrei em contato na central, infelizmente acabou falecendo”, disse. “São fatos que cabem fiscalização e propor ações para solucionar”, destacou.

O parlamentar sugeriu que, em casos onde não haja vaga na rede, a Prefeitura possa comprar leitos na rede privada. “O ‘vaga zero’ existe para vaga de urgência, quem tem o poder dela é a Prefeitura, eles o poder para isso”, disse.

RESPOSTAS – O vereador também criticou algumas respostas a requerimentos feitos por ela para a Prefeitura. “Eles admitiram que faltou copo descartável na UPA Vila Rezende, ou seja, alguém deixou de comprar”, lembrou. Em relação ao zoológico municipal, na resposta a Simap (Secretaria Municipal de Infraestrutura e Meio Ambiente), havia a informação de que, desde 2008, o espaço passa por “reforminhas”. “Que reforminhas são essas”, questionou Trevisan Jr.