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02 DE JUNHO DE 2021

Ferramentas auxiliam aprendizado de crianças com deficiência visual


Pedagoga apresentou, em curso promovido pela Escola do Legislativo, métodos e tecnologias usados para a inclusão no ambiente escolar.



EM PIRACICABA (SP)  

A pedagoga Rosana Davanzo Batista

A pedagoga Rosana Davanzo Batista

O vereador Pedro Kawai

O vereador Pedro Kawai

O intérprete Mauricio Gut

O intérprete Mauricio Gut
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A pedagoga Rosana Davanzo Batista





Hoje ofertada na maioria dos dispositivos, a tecnologia para auxiliar o aprendizado de crianças com deficiência visual, de baixa visão ou cegas permite a inclusão cada vez maior no ambiente escolar. As novas possibilidades, porém, não tiram de educadores e colegas de classe o papel de caminharem juntos para essa mesma finalidade.

A reflexão foi feita por Rosana Davanzo Batista, pedagoga doutora e mestre em educação que conduziu curso on-line promovido pela Escola do Legislativo, da Câmara Municipal de Piracicaba, na tarde desta quarta-feira (2). A atividade foi realizada por meio da plataforma virtual Zoom, com transmissão simultânea pelo YouTube e tradução pelo intérprete de libras Mauricio Gut, da Câmara.

Apresentada aos internautas pelo vereador Pedro Kawai (PSDB), coordenador da Escola do Legislativo, Rosana iniciou fazendo a distinção entre os diferentes tipos de baixa visão, que incluem percepção turva, escotoma central (visão apenas periférica) e visão tubular. O modo de enxergar, observou a pedagoga, sofre interferência também do fator gerador da deficiência, como glaucoma, retinopatias ou cataratas congênitas.

As ferramentas que podem ser usadas por pessoas com algum grau de perda de visão são categorizadas como auxiliares ópticos, não-ópticos e eletrônicos. Rosana ponderou que, nos dois primeiros casos, é preciso que educadores "usem os recursos sempre procurando adaptar junto com as crianças", de modo a levar em consideração a opinião delas.

Os auxiliares ópticos englobam óculos e lupas simples ou iluminadas, enquanto os não-ópticos consideram o tamanho da fonte, a iluminação, o contraste e as cores, além de ferramentas como prancha inclinada, tiposcópio, marcador de texto, teclado com alto contraste, de cores ou em braile e caderno com pautas reforçadas.

"Cada criança vai precisar de uma fonte, ou terá aquela que prefere ler perto do caderno a ter a fonte ampliada. Vai depender de cada caso, por isso não podemos generalizá-las nunca", comentou a pedagoga. Rosana também listou os auxiliares eletrônicos hoje usados, destacando leitores de tela, sintetizadores de voz e demais programas desenvolvidos para pessoas cegas ou de baixa visão. Ela mostrou, passo a passo, como cada dispositivo funciona.

A pedagoga chamou a atenção, no entanto, que o uso das ferramentas não diminui o valor das relações interpessoais na inclusão de pessoas com deficiência visual no ambiente escolar. "Orientação e mobilidade é muito importante na vida delas. Em todas as atividades devemos tentar incluí-las junto com as demais crianças. A inclusão é a gente que faz", afirmou.

"Quando essas crianças chegam à escola, principalmente agora, em tempos de pandemia, é muito importante o acolhimento, dizer 'Que legal que você veio, que bom', mostrar a elas os espaços, onde são o banheiro, o pátio e o parque e fazer com que tenham dentro da escola o máximo de autonomia possível", completou.



Texto:  Ricardo Vasques - MTB 49.918


Escola do Legislativo

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