O bispo diocesano de Piracicaba, Fernando Mason, foi participou do programa “Câmara Convida”, apresentado pelo jornalista Marcelo Bandeira. O líder da Igreja Católica em Piracicaba foi recepcionado pelo vereador Matheus Erler (PTB), presidente da Câmara de Vereadores de Piracicaba. A produção é exibida ao meio-dia, pela TV Câmara. 

Na oportunidade, Mason destacou as comemorações dos 75 anos da Diocese de Piracicaba, que serão alcançados em 2019. Mas, desde já, a comunidade se organiza para definir o logotipo e o hino oficial de celebração do chamado Jubileu de Brilhante. “O sentido destas ações é reconsiderar aquilo que somos e ver como vivemos aquilo que somos, desde a fundação da diocese até o sentido de uma comemoração”, disse. 

A Diocese de Piracicaba envolve 15 municípios e 69 paróquias. “Essas divisões sub-territoriais contribuem no nosso trabalho para evangelização, que, se não é renovado, é esquecido, por isso é importante ter essa estrutura tão complexa”, avalia Mason. 

Bispo diocesano desde 2005, ele também destacou os desafios mais gerais da Igreja Católica não só na região de Piracicaba, mas como em sentido global. “Enfrentamos o que chamamos de processo de secularização, onde aos poucos a experiência da fé vai sendo colocada em segundo plano”, destacou Mason. “Há lobbies que querem levar outros tipos de visões de mundo, que se distanciam da pregação de Cristo”, disse. 

Ele destaca, no entanto, que há outros desafios mais pontuais, como a qualidade da mensagem da Igreja Católica. “Fazemos uma diferenciação religiosa, em relação às igrejas evangélicas, e dentro disso temos o desafio organizacional da própria igreja, que precisa aprimorar a formação de padres”, destacou Fernando Mason. 

Para o vereador Matheus Erler, a Câmara recebe os representantes religiosos “de braços abertos”. Ele enfatizou a parceria que há entre o poder público e as igrejas na busca de fazer do País e da cidade “menos desigual”. “Não posso deixar de dizer sobre o papel fundamental que as igrejas exercem no auxílio do poder legislativo”, destacou. 

Ele acredita que o desejo das igrejas e da Câmara são semelhantes. “Precisamos de pessoas que pensem como nós pensamos, em um país melhor, ainda que vejamos um cenário que não é o que queremos, mas não podemos perder a esperança, e a esperança deve perdurar no coração de cada brasileiro”, enfatizou Matheus Erler.