
10 DE MARÇO DE 2008
O que parecia uma audiência pública foi, na verdade, uma queda de braço entre moradores do bairro Monte Alegre e os empresários que estão construindo, no bairro cit (...)
O que parecia uma audiência pública foi, na verdade, uma queda de braço entre moradores do bairro Monte Alegre e os empresários que estão construindo, no bairro citado, o "Residencial Monte Alegre". Na última sexta-feira(07), a Câmara de Vereadores promoveu, das 19h às 22h, mais um encontro do Fórum Permanente em Defesa do Rio Piracicaba com uma comissão formada por moradores do Monte e Alegre e os empresários Marcos e Wilson Guidotti Júnior, com o tema voltado para a Estação de Tratamento de Esgoto(ETE), cujas as obras foram paralisadas depois liminar judicial
Entenda o caso
Os moradores do bairro Monte Alegre conseguiram uma liminar determinando a paralisação das obras da ETE(Monte Alegre), depois de um estudo elaborado pelos professores Paulo Kageiama e Walter Paula Lima, titulares da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, apontando a possibilidade de contaminação do lençol freático depois de concluída a Estação de Tratamento.
Para o vereador que presidiu a audiência, Euclides Buzeto(PT), " o encontro foi importante, pois o Legislativo oferece a oportunidade de debate entre assuntos de interesse da sociedade". Luiz Carlos Morales, presidente do Condema - Conselho de Defesa do Meio Ambiente- em sua explanação, apontou os possíveis problemas que o Meio Ambiente terá, caso a unidade entre em operação.
Os empresários Marcos e Wilson Guidotti Júnior, sócios proprietários do "Residencial Monte Alegre" apresentaram um vídeo contestando as informações de moradores e do estudo feito pela Esalq, mas, não descartaram que a ETE tenha de ser concluída em uma outra área do bairro, caso a Justiça determine.
Guerra de títulos
À platéia, que ocupava as cadeiras do Plenário, os empresários afirmaram, por diversas vezes, que o profissional contratado para realizar os estudos de impacto do solo no bairro Monte Alegre possuía PHD na área e não acreditavam num possível equívoco. Já Paulo Kageiama, disse que o seu estudo e trabalho, na Esalq, está acima da classificação de PHD, colocando e apontando com exatidão os problemas que podem surgir com a operação da Estação de Tratamento de Esgoto.
O presidente da Câmara, João Manoel dos Santos(PTB), disse que todos confiam na idoneidade dos empresários, "mas se a Justiça decidir que a ETE deve ser construída em outro lugar eles têm de acatar".
Por Marcelo Bandeira(33.121)
Foto: Andre Stênico