Laura Helena Amorim Pinheiro, que ganhou a medalha de ouro na Olimpíada de Língua Portuguesa de 2019 com artigo de opinião sobre o tema "Feminicídio: quando a possessividade fala mais alto que o amor", foi homenageada pelo vereador Paulo Campos (Podemos). O concurso abrangeu alunos de escolas públicas de todo o país, numa iniciativa do Ministério da Educação e do Itaú Social, com coordenação técnica do Cenpec.

O parlamentar entregou à estudante a moção de aplausos 238/2019, em ato solene na sala da Presidência da Câmara na noite desta quinta-feira (30). A homenagem também se estendeu à professora de Laura na época, Nilda Meireles da Silva, quando a estudante estava no terceiro ano do ensino médio na Escola Estadual "Doutor Alfredo Cardoso".

No artigo de opinião, Laura abordou a ocorrência do feminicídio em Piracicaba "de forma a incentivar a prevenção", como destacou Paulo Campos. "Parabenizo-a por esse prêmio, por toda a dedicação e o empenho. A educação pública enfrenta sérios desafios, contudo ainda existem alunos diferenciados, vocacionados e com o desejo de não parar no ensino médio e dar sequência à vida profissional. Ficamos muito felizes por essa conquista", afirmou o vereador.

O autor da moção de aplausos enalteceu o papel da professora e o apoio dos familiares de Laura. "É uma honra muito grande, pois você disputou com inúmeras outras pessoas e tenho a convicção de que venceu a melhor", declarou Paulo Campos, que esteve acompanhado pelo vereador Zezinho Pereira (União Brasil) na entrega da homenagem.

"Agradeço que isso esteja acontecendo, pois em momento nenhum, desde que iniciei essa jornada, imaginei estar aqui. Agradeço muito o valor que vocês estão dando à educação: todo estudante tem esse valor e merece ser valorizado. Ter participado da Olimpíada fortaleceu e validou o meu amor pela escrita, que é algo que me apaixona muito e me deixa feliz. E isso nasceu na minha escola, tendo aulas maravilhosas de português", afirmou Laura.

Nilda disse que assistir ao reconhecimento à aluna é "muito gratificante" e mostra que "todo estudante é uma pedra bruta que pode ser transformada em um diamante". "Só precisam de um empurrãozinho, e quem dá isso, na maioria das vezes, é o professor. Não pode ser nada imposto, pois é conversando que conseguimos. Por mais problemas que tenhamos, é maravilhoso e gratificante ser professor. Eu adoro o que faço", afirmou.