Em um discurso contundente, o vereador Matheus Erler (PSC) usou a tribuna, em reunião ordinária na noite desta quinta-feira (21), para explicitar qual deve ser sua conduta na Câmara. O advogado, que cumpre seu primeiro mandato como legislador, citou trechos da Constituição Federal para fundamentar sua posição e disse que buscará agir "com competência, lealdade, fidelidade e honestidade".

Erler agradeceu aos que votaram e confiaram nele. "Fui eleito para trabalhar por uma cidade que precisa continuar melhorando." Ele afirmou que não será figurante e que, por considerar os colegas de Casa como companheiros, jamais agirá "para ser contra qualquer vereador".

O parlamentar também agradeceu ao suporte recebido do diretor do Departamento Legislativo da Câmara, Fábio Dionísio, aos vereadores que o "receberam de forma especial" (citando nominalmente João Manoel, Paiva, Capitão Gomes, Dirceu e Márcia Pacheco) e ao prefeito Gabriel Ferrato e seu antecessor, Barjas Negri, pelo apoio que lhe deram desde o momento em que saiu candidato a vereador. "Sou grato a todos."

Erler destacou que seu ingresso na faculdade de Direito ocorreu após anos de cursinho e de estudos madrugada afora e que, por isso, não aceitará ser chamado de "pau-mandado" nem que lhe acusem de reproduzir defesas encaminhadas pelo governo municipal. "Nunca fiz isso e jamais farei. Tenho competência para elaborar minhas próprias opiniões", afirmou. "Não sou fantoche nem do Legislativo, nem do Judiciário e muito menos do Executivo."

O advogado lembrou que o artigo 5º da Constituição diz que é livre a manifestação do pensamento. "Não irei me calar. Estou aqui para cumprir o desejo do povo, dos eleitores que votaram e confiaram em mim. Exporei minhas opiniões com coerência e convicção", declarou. "É para isso que estou aqui e assim farei, até 31 de dezembro de 2016. Minhas opiniões são claras, coerentes, embasadas na Constituição e fundamentadas", continuou, acrescentando que estuda com antecedência as proposituras que compõem a Ordem do Dia.

Erler pregou a necessidade de haver respeito entre os colegas de plenário e criticou o uso de indiretas e ataques pessoais de um parlamentar contra outro quando surgem discordâncias. "Eu respeito meu eleitorado, eu respeito a todos, sem exceção. Aprendi que, para ser respeitado, primeiramente precisa-se respeitar. Respeito é bom e todo mundo gosta, inclusive eu. Jamais podemos partir para o lado pessoal de cada vereador; não é dessa forma que se procede."

TEXTO: Ricardo Vasques / MTB 49.918

FOTO: Fabrice Desmonts / MTB 22.946