O vereador João Manoel dos Santos (PTB) conferiu, na manhã desta sexta-feira (15), as dificuldades enfrentadas por empresários com firmas instaladas às margens da rodovia do Açúcar, na altura do quilômetro 160, no bairro Dois Córregos. O principal problema está num trecho de quase 100 metros que, prejudicado pela topografia irregular, acaba sendo o destino de toda a carga de águas pluviais quando há chuva na região.

Dono de uma calderaria situada na estrada de terra paralela à rodovia, Ulício Barbosa Júnior recorreu a João Manoel para tentar reverter a situação. Ele conta que, quando chove, toda a água que cai sobre a pista e nas duas extremidades da estrada de terra desce para o trecho problemático, alcançando uma altura superior a meio metro.

A correnteza que se forma com o grande volume d´água já provocou até a queda de muros das empresas. "Não está vencendo de cair água lá de cima [da pista]", desabafou Ulício, instalado há dois anos e meio na região. "Se você estiver aqui no dia em que chove, você fica desesperado. A água vem de todos os lados, arrastando tudo para o fundo."

Para tentar conter a força da correnteza e minimizar os prejuízos (por pouco os móveis do escritório de uma firma não foram atingidos pela última enchente), os empresários têm se unido e procurado saídas "caseiras". Uma das alternativas que mais vêm sendo postas em prática é abrir buracos nos muros laterais e de fundo dos imóveis para dar vazão à água.

João Manoel classificou a situação de "muito complexa". Ele disse que é necessário, primeiramente, checar se o trecho está sob responsabilidade do DER-SP (Departamento de Estradas de Rodagem) ou da concessionária Colinas ––que administra a rodovia do Açúcar––, para, então, partir para a busca de uma solução para o caso.

Os empresários pedem a instalação de "várias bocas de lobo" ao longo da estrada ––algumas já existem atualmente, mas todas estão obstruídas por terra, mato e sujeira. Além disso, Ulício pede que seja tampada a canaleta ––situada no terreno de sua firma–– que traz toda a água do outro lado da pista para o trecho crítico, agravando ainda mais o cenário.

O presidente da Câmara disse que vai contatar os secretários Arthur Ribeiro Neto, de Obras, e Rogério Vidal, de Defesa do Meio Ambiente, e tentar trazê-los ao local para que orientem sobre o que pode ser feito ou a quem recorrer para tratar do tema. "Estamos todos preocupados. Precisamos resolver essa situação aqui", reforçou João Manoel.

TEXTO: Ricardo Vasques / MTB 49.918

FOTOS: Davi Negri / MTB 20.499