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30 DE ABRIL DE 2019

É possível ter Parkinson e qualidade de vida, afirma munícipe


Presidente e vice-presidente da Colibri utilizaram a tribuna para falar sobre Dia Mundial da Doença de Parkinson



EM PIRACICABA (SP)  

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Presidente da Colibri, Silvia Helena Simões, ocupou a tribuna

Presidente da Colibri, Silvia Helena Simões, ocupou a tribuna
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Maria Lucia Pianelli Santana foi a primeira a falar na tribuna

Maria Lucia Pianelli Santana foi a primeira a falar na tribuna
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Presidente da Colibri, Silvia Helena Simões, ocupou a tribuna






"Viemos aqui para defender o direito à vida", disse Silvia Helena Simões, que é parkinsoniana e atua na presidência da Calibri (Associação Brasil Parkinson Núcleo Piracicaba), ao ocupar a tribuna da Câmara na noite desta segunda-feira (29), na 23ª reunião ordinária. Ela foi acompanhada da vice-presidente Maria Lucia Planelli Santana, que atua como assistente social, ambas com o objetivo de falar sobre o Dia Mundial da Doença de Parkinson, lembrado no último dia 11, e mostrar as atividades da entidade. 

“O objetivo da entidade é propiciar o congraçamento e a inclusão com a doença de Parkinson, sempre em busca de uma maior qualidade de vida”, disse Silvia.

Diagnosticada com a doença em 2002, a presidente relembrou que a data é em lembrança ao nascimento do médico inglês James Parkinson, que, em 1817, fez pela primeira vez a descrição da doença, que é neurológica, degenerativa, progressiva e ainda sem cura.

Para Silvia, é necessário fazer uma reflexão sobre a doença, que ainda é muito temida, porém desconhecida e que pode acontecer com qualquer em, em qualquer idade, principalmente após os 55 anos.

“Mas o que é o Parkinson? De forma simplificada, ela é caracterizada pela falta de dopamina, produzida em uma região do cérebro e responsável pela coordenação motora. É como se, aos poucos, faltasse gasolina de um carro. Sem dopamina, a pessoa não consegue controlar os movimentos involuntários", falou.

De acordo com ela, entre os sintomas característicos da doença estão o tremor de repouso, rigidez, desiquilíbrio para andar com períodos de congelamento, dificuldade para escrever e contar dinheiro e lentidão para concluir tarefas corriqueiras, como abotoar uma blusa.

Silvia destacou que não subiu à tribuna para comemorar, mas sim para falar de uma doença que está envolta de medos e preconceitos. “A ignorância acarreta um duplo sofrimento: suas dores próprias e aquelas agravadas pela vergonha e pelo constrangimento na convivência com os sintomas”, advertiu.

Segundo a oradora, é necessário que as pessoas ouçam e compreendam as necessidades que passam um parkinsoniano, que hoje ainda recebem o diagnóstico como se fosse uma sentença de morte, encolhendo-se em casa, isolando-se da vida social, deixando-se se dominar pela depressão que agrava e acelera a doença.

Silvia pediu aos parlamentares uma contínua parceria na execução de alguns objetivos básicos perseguidos pela associação. “Uma fiscalização constante na entrega de medicamentos de uso contínuo de obrigatória distribuição está em primeiro lugar, sendo um aspecto muito importante, pois sua falta causa transtornos inimagináveis aos pacientes", ressaltou.

Outro ponto, segundo ela, seria que novos eventos possam ser programados em abril, no sentido de esclarecer e informar cada vez mais a população. "Nós também pedimos uma sede mais adequada para que a Colibri possa propor ações terapêuticas complementares e necessárias. Por último, para que possamos ter um transporte público mais adequado ao parkinsoniano, para que ele possa trabalhar todas essas terapias que precisa”, disse.

ATIVIDADES -- Maria Lucia Pianelli Santana ressaltou as características da instituição, que é sem fins lucrativos, fundada em 1992. “Hoje, a Colibri programa várias ações como fisioterapia, coordenada pela fisioterapeuta Jaqueline Violino. Essa atividade é fundamental para o parkinsoniano, pois faz exercícios funcionais”, contou.

A oradora também destacou a dança sênior, coordenada por uma fisioterapeuta e uma terapeuta ocupacional. “Com música apropriada e movimentos adequados, a dança sênior tem mostrado eficiência no trabalho físico e mental, com prioridade na memória, reflexo e articulação de movimentos”, disse.

Fonoaudiologia, musicoterapia e atividades do coral Tremendas Vozes, além de palestras com a psicóloga Juliana Sodré, também estão entre os trabalhos da instituição. Além de momento de bate papo, eventos, passeios e oficinas.

A Colibri fica na avenida Saldanha Marinho, 2.295, na Vila Independência, e atende pelos telefones 3426-0787 e 3421-0971.



Texto:  Ana Caroline Lopes
Revisão:  Rodrigo Alves - MTB 42.583
Imagens de TV:  TV Câmara


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