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19 DE OUTUBRO DE 2007

Diretora do CONESPI denuncia perseguição sindical e homofobia


Valdenice da Silva Souza, integrante da Diretoria Temática de Gênero, Raça e Orientação Sexual, do Conselho das Entidades Sindicais de Piracicaba (CONESPI) ocupou a (...)



EM PIRACICABA (SP)  

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Valdenice da Silva Souza, integrante da Diretoria Temática de Gênero, Raça e Orientação Sexual, do Conselho das Entidades Sindicais de Piracicaba (CONESPI) ocupou a Tribuna Popular da Câmara na reunião ordinária de ontem (18) para relatar agressões que sofreu por parte do proprietário de empresa química da região de Piracicaba, no início do mês de julho, por ocasião de movimento grevista na empresa.

Valdenice solicitou o apoio da Comissão de Direitos Humanos da Câmarara para que inicie debate urgente sobre gênero, raça e orientação sexual, visto que as manifestações de preconceito e homofobia em nossa sociedade está chegando em um nível insustentável, sendo necessário sensibilizar toda a sociedade.

No relato, Valdenice disse que na manhã do último dia 04 de julho, ao lado de companheiros e companheiras que trabalham na Ferchimika, exercia o direito de greve, conforme assegura o artigo 9.º e a Lei 7.783/89 da Constituição Federal ao exigir direitos trabalhistas como registro em carteira, o pagamento do salário de junho, repasse ao governo dos descontos referentes ao INSS/FGTS e o pagamento de Participação nos Lucros e Resultados da Empresa (PLR).

Segundo Valdenice, o grupo de trabalhadores foi surpreendido por Fernando Boaretto, proprietário da companhia, que parou seu carro diante da manifestação e agrediu-a fisicamente, quando ela tentou impedir que o patrão arrancasse as faixas que estavam penduradas na cerca ao redor do local.

Não satisfeito, afirma, ele começou a chamá-la de vagabunda e dizer que "precisava virar mulher". Valdenice esclareceu que a pressão continuou na manhã do dia seguinte, quando uma pessoa identificada como motorista do proprietário da Ferchimika passou diante dela aos gritos de "sapatão" e depois tentou jogar o carro sobre ela.

Já na parte da tarde, Valdenice disse que outra pessoa, não identificada passou pelo local dizendo: "se você está pensando que só porque a polícia está aqui não enfio a mão na sua cara, está muito enganada. Vai virar mulher, sem vergonha, eu sei o que você quer".

Segundo Valdenice, a ação ocorreu diante de dois militares, sendo que eles não fizeram nada.

Ainda no dia 07 de julho, Valdenice disse que registrou um Boletim de Ocorrência, no 6.º DP de Americana e, com o apoio da CUT/SP ingressará com uma ação na Justiça para exigir que Fernando Boaretto responda pelos atos de perseguição sindical e homofobia.

 

MARTIM VIEIRA MTB 21.939

FOTOS: ANDRÉ STENICO

 

 

 



Texto:  Martim Vieira - MTB 21.939


Câmara Legislativo

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