
04 DE ABRIL DE 2012
O vereador André Bandeira (PSDB) ocupou a Tribuna da Câmara, reunião ordinária de segunda-feira (02/04/12) para ressaltar a questão de seu trabalho em prol da acess (...)
O vereador André Bandeira (PSDB) ocupou a Tribuna da Câmara, reunião ordinária de segunda-feira (02/04/12) para ressaltar a questão de seu trabalho em prol da acessibilidade, da inclusão da pessoa com deficiência dentro de nossa sociedade, sendo que muitas vezes este trabalho não é compreendido por algumas pessoas que tanto criticam como às vezes não entendem, não valorizam, justamente por não entenderem e não saberem o quanto faz falta a acessibilidade, a não inclusão para aqueles que não tem a necessidade da mesma.
André Bandeira se referiu ao último dia 21 de março, em que se comemora o Dia Internacional da Síndrome de Down, dia de conscientização, "a qual tivemos aqui o privilégio de receber a senhora Rosa Pompeu, Gerente do Centro de Reabilitação de Piracicaba falando a respeito da síndrome de Down, o que é esta doença, mais ou menos o que é a população que ela aflige hoje em dia e a evolução através dos tempos", disse. André ressaltou o dia 02 de abril, quando é comemorado o Dia Internacional da Pessoa com Autismo.
Bandeira apresentou alguns dados que impressionam, como o que demonstra que o autismo é uma síndrome que atinge aproximadamente dois milhões de brasileiros. Em criança o autismo é mais comum que o câncer, a aids e o diabetes. No mundo a Organização das Nações Unidas, a ONU estima que existam mais de 70 milhões de pessoas com o autismo. "O azul é considerado a cor do autismo. Viste azul e ilumine algo de azul no dia dois de abril", disse. Bandeira parabenizou a AUMA - Associação Municipal dos Autistas de Piracicaba, que nesta segunda-feira realizou um ato na praça José Bonifácio pela conscientização de nossa sociedade na questão do Autismo, onde foi montado barraca, com distribuição de panfletos à população com vários funcionários e colaboradores da AUMA presentes no ato. "Também participei na parte da tarde. O evento era para ser iniciado às 10 horas da manhã. A verificação é que estes números são difíceis de se mensurar, sendo que no Senso de 2000 estimava-se que 10 por cento da população tinha alguma deficiência, seja ela qual for, física, visual ou intelectual", disse.
"Se fizermos uma conta rápida, na Internet, no site da Wikipédia, a enciclopédia livre, verificaremos que existe lá duas alternativas que não sabemos qual está certa. A primeira diz que no Brasil há um caso para cada 150 nascimento, o que se dividirmos a população de Piracicaba por 150 teremos aproximadamente 2.500 casos, sendo que a AUMA atende hoje não mais que 20 autistas. Inclusive esta Casa de Leis aprovou no ano passado um aumento na subvenção que a prefeitura repassa à AUMA para tentar dar um atendimento um pouco mais justo e humanitário a estes jovens e crianças e principalmente às famílias que sofrem com a questão do autismo. Mas infelizmente a gente sabe que não é o necessário e que falta muito para a AUMA chegar naquilo que realmente precisa para poder atender a nossa população de Piracicaba", disse.
No mesmo texto, Bandeira apontou outro indicativo, de um caso de autismo a cada 360 nascimentos, o que se pegarmos uma população aproximada de Piracicaba, de 370 mil habitantes, aponta para 1.040 casos, sendo que 20 são atendidos na Auma.
Em outro índice, o vereador Bandeira apontou que dois milhões de brasileiros, entre crianças, jovens ou adultos tem o autismo, chegando à proporção de um caso a cada 95 nascimentos, o que indica uma população em Piracicaba de quatro mil autistas. "É uma coisa absurda. Uma coisa que a gente não tem como mensurar. Por isso eu propus nesta Casa de Leis, no ano de 2005, o Cadastro Municipal da Pessoa com Deficiência, que a Semdes (Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social), com alguma dificuldade começou a trabalhar a implantação deste cadastro, unificando os cadastros que tínhamos dentro da Semdes, na Secretaria Municipal de Saúde, dentro da Secretaria de Transito e Transportes e junto às entidades do município de Piracicaba. Não conseguiram o cadastro do INSS porque não fornecem este cadastro das crianças, jovens e adultos que recebem algum tipo de benefíco da Previdência. Como o município vai implementar políticas públicas se não tivermos os dados necessários para isso?. Então, num primeiro momento a Semdes filtrou estes dados já existentes dentro da Prefeitura e chegou a um número aproximado de quase três mil pessoas", disse.
Na segunda fase do questionário, a Semdes pegou os dados nas entidades, totalizando quase mil pessoas. E, agora vai entrar na sua terceira fase, que é uma etapa extremamente importante. "Assim, gostaria de convidar aqui toda nossa população, que a gente vai lançar esta terceira fase nos próximos dias, juntamente com a Semdes, que é uma fase de sensibilização da nossa sociedade, respondendo a um questionário, participando, seja através das unidades de saúde do bairro, das unidades do PSF, enfim, todos que acompanham nossa sessão camarária, que conhecem uma pessoa com deficiência, que entrem em contado com a Semdes, com a própria Câmara. Ela vai estar explicando, distribuindo este questionário para preenchimento para gente conseguir chegar a um número real de pessoas com deficiência dentro do município de Piracicaba, ao número real de cadeirantes, de cegos, surdos, de deficiêntes intelectuais dentre eles autistas, como síndrome de down, aqueles com paralisia cerebral, aqueles que necessitam de uma cadeira de rodas, aqueles que tem mobilidade reduzida, enfim, todas aquelas pessoas que precisam de uma atenção especial, que precisam de nossos transportes, precisam ser inseridas dentro do mercado de trabalho, cumprindo a cota das empresas, que precisam ter a dignidade de poder ter uma escola acessível, ter um posto de sáude acessível, ter um trabalho acessível, enfim, ter a dignidade de viver em sua cidade condignamente", concluiu o parlamentar.
Martim Vieira Mtb 21.939
Foto: Fabrice Desmonts Mtb 21.939