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25 DE MAIO DE 2012

Dia da África: cápsula do tempo registra sonhos de crianças para uma Piracicaba melhor


Daqui há 10 anos, quando Piracicaba comemorar novamente o Dia da África (25 de maio) pelo menos 36 crianças das escolas infantis municipais: Profa. Érica Fernanda G (...)



EM PIRACICABA (SP)  

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Daqui há 10 anos, quando Piracicaba comemorar novamente o Dia da África (25 de maio) pelo menos 36 crianças das escolas infantis municipais: Profa. Érica Fernanda Gobbo Carlos, Jardim Morumbi e Profa. Maria de Lourdes Fuzetti Lorenzi, bairro Jardim Petrópolis, sob a coordenação das professoras Angela Furoni e Adriana Maria Fray Cassieri poderão conferir suas projeções de uma Piracicaba melhor, com mais justiça social, em registros que foram depositados na cápsula do tempo, enterrada ao pé de uma árvore símbolo da África, "Baobá", plantada em fente ao Cemitério da Saudade. Na manhã de hoje (25/05/12), conforme iniciativa do vereador Bruno Prata (PSDB), em parceria com o presidente da Câmara, João Manoel dos Santos (PTB), às 9h00, foi realizado um ato solene, nas dependências da Praça da Saudade, no início das comemorações que marcam o Dia da África em Piracicaba, por força da lei municipal 6.531/09. Na oportunidade, além das crianças das escolas infantis, o evento também contou com a participação de políticos, autoridades, representantes de entidades e público em geral.

O presidente do Centro de Documentação, Cultura e Política Negra, Jurandir Silvestre abriu o ciclo de discursos do ato solene, após a participação das crianças de ensino infantil, que entoou o hino da África, seguido da execussão do Hino Nacional, sob o comando do cerimonialista da Câmara, Marcelo Oliveira. Silvestre discorreu sobre a condição especial de Piracicaba comemorar o Dia da África, principalmente no enfoque ao Baobá, árvore símbolo de grande influência na cultura e religiosidade africana. E, lembrou que o negro africano fez parte da construção do país e, ainda hoje luta por igualdade e justiça social. Silvestre também chamou atenção para atividade noturnas, nas dependências da Biblioteca Pública Municipal, Rua do Vergueiro, 145, com a palestra "Um olhar feminino a respeito da África", ministrada pela professora Msc.Aldenir Dias, às 20 horas.

O representante do prefeito Barjas Negri (PSDB) na solenidade, o secretário municipal de Educação, Gabriel Ferrato comprimentou as escolas envolvidas na saudação ao Dia da África e, reconheceu que trabalhos deste tipo, envolvendo os escolares é que tem resultados para garantir consciência às futuras gerações. "Devemos ter atitude. Não discriminar. Teremos um país de fato quando diminuirmos a desigualdade", disse.

O autor da solenidade em Piracicaba, o vereador Bruno Prata agradeceu o apoio do gabinete do presidente da Câmara, João Manoel dos Santos. E, reconheceu o muito que tem a ser feito para se garantir avanços sociais no Brasil. Também considerou o rico aprendizado quando nos envolvemos em trabalhos com crianças, onde temos muito o que aprender, além de ensinar. O parlamentar também enfatizou a importância de se cultuar os símbolos e a cultura do país, o que certamente envolve os valores e cultura africana, lembrando que foi graças a esta "raça" que o Brasil tem a pujância que tem. "Fica aqui a minha gratidão", disse.

Na sequência do ato solene, o músico Toni Azevedo, do Grupo Porto Maracatú apresentou diversos números musicais, evolvendo os alunos e, com participação especial de Odete Martins Teixeira (Mãe África). O aluno Leonardo Barbosa, com os seus cinco anos de idade se sobressaiu aos seus coleguinhas de escola para dizer mais alto a todos: "Viva o Baobá". A historiadora e professora Élide Fernanda de Almeida Leite, do Centro de Documentação, Cultura e Política Negra enfatizou a importância do "Projeto Ação Afro nas Escolas", a exemplo do envolvimento dos alunos das escolas infantis em projetar seus sonhos e desejos de uma Piracicaba melhor para os próximos 10 anos. Também participaram da solenidade, o Capitão da PM, Luiz Orácio e a soldado da PM, Carmen Silva e o vereador Serginho Setten (PSDB).


História

A África é o segundo continente mais populoso do Mundo (depois da Ásia), com cerca de 800 milhões de habitantes. Luanda – O continente negro celebra hoje, 25 de Maio, 47 anos desde a criação, em Addis Abeba (Etiópia), da Organização de Unidade Africana (OUA), em carta assinada por 32 estados africanos já independentes na altura.

A África tem aproximadamente 30,27 milhões de quilómetros quadrados de terra.  Ao norte é banhado pelo Mar Mediterrâneo, ao leste pelas águas do oceano Índico e a oeste pelo oceano Atlântico. O sul do continente africano é banhado pelo encontro das águas destes dois oceanos.

O acto constituiu-se no maior compromisso político dos líderes africanos, que visou a aceleração do fim da colonização do continente.No dia 25 de Maio de 1963 reuniram-se 32 Chefes de Estado africanos com ideias contrárias à subordinação a que o continente estava submetido durante séculos (colonialismo, neocolonialismo e partilha da África).

Dessa reunião, nasceu a OUA (Organização de Unidade Africana). Pela importância daquele momento, o 25 de Maio foi instituído pela ONU (Organização das Nações Unidas), em 1972, Dia da Libertação de África.

O dia representa também um profundo significado da memória colectiva dos povos do continente e a demonstração do objectivo comum de unidade e solidariedade dos africanos na luta para o desenvolvimento económico continental.

A criação da OUA traduziu a vontade dos africanos de converterem-se num corpo único, capaz de responder, de forma organizada e solidária, aos múltiplos desafios com que se defrontam para reunir as condições necessárias à construção do futuro dos filhos de África. Entretanto, de todos esses pressupostos, é facto reconhecido que a libertação do continente do jugo colonial e o derrube do regime segregacionista do Apartheid, durante anos em vigor na África do Sul, foram eleitas como as tarefas prioritárias da OUA.

Como a OUA mostrou-se incapaz de resolver os conflitos surgidos continuamente em toda a parte do continente, os golpes de estado tornaram-se uma prática. A construção de uma verdadeira unidade entre os países membros é ainda inexistente, sendo exemplos disto os golpes de estados e as guerras civis no continente. Economicamente, os indicadores também estavam longe de serem animadores, concorrendo para isso a própria instabilidade militar e as múltiplas epidemias.

Assim, a 12 Julho de 2002, em Durban, o último presidente da OUA, o sul-africano Thabo Mbeki, proclamou solenemente a dissolução da organização e o nascimento da União Africana, como necessidade de se fazer face aos desafios com que o continente se defronta, perante as mudanças sociais, económicas e políticas que se operam no mundo.

Contudo, resolveu manter a comemoração do Dia de Africa a 25 de Maio, para lembrar o ponto de partida, a trajectória e o que resta para se chegar à meta de “uma África unida e forte”, capaz de concretizar os sonhos de “liberdade, igualdade, justiça e dignidade” dos fundadores.

Outro objectivo principal da UA continuará a ser a unidade e solidariedade entre os países e povos de África, defender a soberania, integridade territorial e independência dos seus Estados membros e acelerar a integração política e socioeconómica do continente, para realizar o sonho dos “pioneiros”, que em 1963 criaram a OUA. Dos 54 estados africanos, 53 são membros da nova organização: Marrocos se afastou voluntariamente em 1985, em sinal de protesto pela admissão da auto-proclamada República Árabe Saharaui, reconhecida pela OUA em 1982.

Apesar de se registarem actualmente em África alguns conflitos de carácter político, pode-se dizer que a maioria dos países do continente possuem governos democraticamente eleitos.


Martim Vieira Mtb 21.939

Fotos: Emersson Pigosso MTb 36.356


 



Texto:  Martim Vieira - MTB 21.939


Legislativo Bruno Prata

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