Ao fazer uso da palavra na Reunião Ordinária de quinta-feira (06/10), o vereador Carlos Gomes da Silva, o Capitão Gomes (PR), leu um documento enviado ao Juiz de Direito do Fórum da Comarca de Piracicaba, doutor Wander Pereira Rossetti Junior; ao delegado da Polícia Federal Florisvaldo Emilio Neves; ao delegado Antonio Mestre Júnior, diretor do Deinter-9 (Departamento de Polícia Judiciária do Interior); Tenente Coronel Otacílio José de Souza, comandante do 10BPMI e Renato Morgado, presidente do Condema, para que se manifestem com relação à construção de um novo estabelecimento prisional em Piracicaba, cuja localização é a Rodovia SP 147, próximo ao atual CDP.

Para o vereador a escolha do local não parece a mais conveniente por uma série de fatores que, aparentemente, não foram levados em consideração pelos planejadores, como a mata ciliar do Rio Piracicaba que nunca foi tocada e deverá ser prejudicada com aumento da atividade humana no local.          

O vereador também citou o fato do  local ser alto e ideal para recepção do sinal de celular, usado pelo crime organizado para planejar ações dentro e fora dos presídios; alertou sobre o risco de rebeliões e ataques externos para resgate de presos que podem gerar confronto armado, com disparos em todas as direções, os quais, dependendo da potência da arma e da munição, podem atingir vítimas inocentes a  uma distância de até  5.000 metros, oferecendo risco aos moradores doo Bairro Monte Alegre, funcionários do Centro de Tecnologia Canavieira e veículos que transitam perla SP 147 e Anel Viário.

“ Ninguém pode negar que novos estabelecimentos penais devam ser construídos para abrigar a população carcerária, mas o ponto primordial deve considerar a segurança e minimizar os prejuízos dos munícipes”, disse o vereador que sugere que o  presídio seja construído na zona rural ou local   afastado da cidade, onde, tanto a densidade da  população quanto o tráfego de veículos, são menores.

Para o Capitão Gomes, o novo presídio deve ser construído em local que facilite as ações de segurança, seja na visualização de quem chega, em caso de tentativa resgate de presos, como também dificultando o acesso ao complexo, tendo em vista o restrito número de estradas.

O vereador quer  que o presídio seja construído em local vazio de edificações, com áreas de segurança, tanto para os moradores, como para a cidade em geral. Ele manifestou a certeza de que todos são contrários a construção do presídio, mas entende que a cidade tem seus presos e não pode transferir o problema para outra.

Patrícia Sant’Ana Amancio _ MTb: 24.154
Foto: Fabrice Desmonts _ MTb: 22.946