
22 DE MAIO DE 2012
Moção de Apoio (42/12), de autoria do vereador José Antonio Fernandes Paiva (PT), aprovada na reunião ordinária de ontem (21) registra solidariedade à presidenta Di (...)
Moção de Apoio (42/12), de autoria do vereador José Antonio Fernandes Paiva (PT), aprovada na reunião ordinária de ontem (21) registra solidariedade à presidenta Dilma Roussef, pela determinação e coragem em enfrentar o poderio dos banqueiros no Brasil. A consideração é que o governo cobra dos bancos uma redução mais acentuada dos juros, com a justificativa de que as condições de solvência da economia permitiriam repetir no Brasil o padrão de taxas internacionais. E que o governo esperava dos bancos uma postura visionária para expansão do crédito, que é a razão de ser do sistema bancário, e é fundamental para o desenvolvimento econômico e social do País.
Na Moção, o parlamentar ressalta que a presidenta Dilma Roussef, numa proposta de atender às necessidades de crescimento da economia brasileira, teve a sagacidade de determinar que o Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal iniciassem uma série ações para redução de juros e facilitação de acesso ao crédito, entendendo que a população tem interesse em participar do crescimento do país, ampliando empresas, investindo em novas tecnologias, e com isso auxiliando o país nas implementações das políticas econômicas e sociais que gerem benefícios a todos.
"A iniciativa do governo federal deveria servir de estímulo ao sistema financeiro, forçando os concorrentes no segmento a caminharem com ela na redução de juros, taxas e tarifas, tornando-se atrativo para os clientes em geral. Mas, infelizmente, a Federação Brasileira dos Bancos não visualizou o objetivo maior desta atitude de nossa Presidenta, e, resolveu sair para um lamentável enfrentamento, primeiro com a atitude do presidente da Febraban, Murilo Portugal, que no início de abril apresentou uma série de condições para o corte das taxas, como a redução do compulsório recolhido ao Banco Central. Depois, com o episódio da publicação no informativo semanal de Economia Bancária-Ised, do dia 07 de maio, onde o diretor Rubens Sardenberg colocou em dúvida a eficácia das medidas oficiais para estimular a concessão de empréstimos e aquecer a economia, dizendo que "alguém já disse que você pode levar um cavalo até a beira do rio, mas não conseguirá obrigá-lo a beber a água", numa referência à pressão da equipe econômica para a redução dos juros e spreads embutidos nos empréstimos e para o aumento do volume de crédito. E ainda, segundo ele, não há garantia de que a perspectiva de redução mais acelerada da Selic possa estimular uma ´ampliação significativa da oferta de crédito doméstica´, e que o momento é de incerteza com inadimplência e os desdobramentos da crise financeira internacional", disse.
A consideração é que as ações e reações da Febraban levaram a presidenta Dilma a dizer, em rede nacional de TV, na véspera do Dia do Trabalho, que o sistema financeiro se move apoiado numa "lógica perversa", além de chamar de "roubo" as tarifas cobradas na administração de fundos de investimento.
"A constatação e revelação de uma atitude que se perpetuava junto ao sistema financeiro: atitude perversa de exploração, estelionato legalizado de juros abusivos e imposição de condições impraticáveis, barrando o crescimento de nosso país. Pois bem, como os banqueiros sempre acharam neste país o berço esplendido para ampliar suas riquezas, enquanto a grande maioria do país tinha que se contentar com migalhas. Queríamos neste momento, parabenizar a presidenta Dilma Roussef, pela coragem, disposição e discernimento, pois tem demonstrado muita coerência nas ações para administrar a economia de nosso país, e que tais ações, importam na distribuição de tarefas coletivas para alcançarmos êxito. Agora, estamos sob o comando de uma mulher determinada, competente, corajosa, que já ajudava na construção um país mais justo e igualitário quando da sua juventude. E doou muito de si para que todos nós tivéssemos acesso a direitos básicos", disse.
Na Moção, o vereador Paiva também ressalta a solidariedade e o apoiao à presidenta quanto às ações que tem adotado em relação ao sistema financeiro brasileiro, lembrando que uma mulher, que já contribuiu com uma história de ação e luta, certamente não se intimidaria com as falácias dos banqueiros que sempre trataram nosso país como mero hospedeiros de suas riquezas.
"Acreditamos que nossa presidenta foi extremamente feliz, ajustando medidas de austeridade para o sistema financeiro, colocando os banqueiros nos seus devidos lugares, fazendo o cavalo beber água sim, pois o país atravessa uma situação econômica totalmente favorável para a implementação das medidas propostas pelo governo", concluiu.
Martim Vieira Mtb 21.939
Foto: Fabrice Desmonts Mtb 22.946