Elevar para 68 o número de agências na região. Este é um dos objetivos da Caixa até 2015, segundo Carlos Henrique Custódio, responsável pela superintendência do banco em Piracicaba, que abrange 45 municípios e uma população de 2 milhões de habitantes. O número foi revelado na reunião ordinária da noite desta segunda-feira (11), que, por solicitação do vereador José Antonio Fernandes Paiva (PT) no requerimento 304/2012, teve 30 minutos de seu expediente suspenso para que a apresentação pudesse ocorrer.

Entre abril de 2011 e abril de 2012, a Caixa investiu R$ 390 milhões em Piracicaba, além de R$ 16 milhões de recursos do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). Na cidade, o banco conta com seis agências e dois PABs (postos de atendimento bancário) ––outras duas agências devem ser inauguradas ainda este ano. Já a região abrangida pela superintendência de Piracicaba possui atualmente 43 agências.

Ao apresentar uma seleção de números sobre o desempenho da Caixa nos últimos meses, Custódio abordou os possíveis efeitos da crise financeira internacional no Brasil. "Não estamos preocupados com a inadimplência até o presente momento. A economia ainda não deu nenhum sinal que possa ter gerado algum fato que levasse à inadimplência, à exceção dos automóveis, que aumentou."

Sobre a poupança, que, com a redução da taxa Selic passou a render menos, Custódio projetou crescimento nas aplicações, com base no resultado de maio. "Para nossa surpresa, foi o melhor mês em captação de poupança, em uma série histórica muito grande. Vai bater recordes e mais recordes em função do que está acontecendo no mercado", disse o superintendente, destacando a atratividade da poupança para quem tem valores abaixo de R$ 100 mil.

Custódio também comentou sobre as linhas de crédito oferecidas pela Caixa. Com as recentes e seguidas reduções de juros, decorrentes da política do governo federal em usar os bancos públicos para forçar uma queda geral nas taxas, elas começam a partir de 0,89 por cento ao mês para capital de giro, 0,75 por cento para financiamento de veículos e 0,46 por cento para máquinas e equipamentos.

Os cortes nos juros geraram aumento de 34 por cento na procura de crédito para pessoa física, 20 por cento para pessoa jurídica e 24 por cento para habitação. Com isso, a Caixa obteve o maior crescimento do segmento no mercado: 41 por cento, o dobro do Itaú, segundo colocado.

TEXTO: Ricardo Vasques / MTB 49.918

FOTOS: Luciano Beccari / MTB 47.054