
06 DE SETEMBRO DE 2011
O aposentado Jerônimo Rodrigues usou a Tribuna Popular para solicitar a ajuda dos vereadores contra o aumento que vem sendo pedido pela Unimed para o plano de saúde (...)
O aposentado Jerônimo Rodrigues usou a Tribuna Popular, durante o expediente da reunião ordinária realizada na noite desta segunda-feira (5), para solicitar a ajuda dos vereadores contra o aumento que vem sendo pedido pela Unimed para o plano de saúde firmado com a Associação dos Aposentados e Pensionistas de Piracicaba.
Citando o artigo 3º do Estatuto do Idoso, que afirma que cabe a todo cidadão denunciar qualquer forma de violação de seus direitos, Rodrigues fez um histórico das negociações entre a associação e a Unimed. Aposentado desde 1983, o ex-funcionário do Grupo Dedini foi um dos que fundaram, em 1985, a Associação dos Metalúrgicos Aposentados. "Mandei um manifesto dizendo que eles precisavam dar assistência médica para nós. Naquela época, o Grupo Dedini estava sem convênio médico", disse o aposentado, que contou que a associação recebeu, então, três propostas de acordos, fechando depois com a cooperativa médica.
"A Unimed deu um preço bem vantajoso para o futuro. Fomos lá e fechamos, em agosto de 1990, esse contrato, que era de alto risco ––os diretores da Unimed sabiam disso. Em agosto de 1994, os próprios médicos me disseram que o contrato estava dando prejuízo para a cooperativa. Depois de muita discussão, falei claramente: "Nós não podemos comprar nem bicicleta e vocês têm carro zero".
Em 1998, outra proposta, que estipulava um preço maior a ser pago pelo convênio, foi apresentada aos aposentados. O mesmo aconteceu em 2002 e, depois, em 2008, quando o aumento chegou a 36,7 por cento e os associados começaram a pagar R$ 10 por consulta. "Aceitamos porque não tínhamos força lá dentro. Nossos idosos têm medo de perder o convênio", justificou Rodrigues.
Agora, em 2011, a Unimed comunicou aumento de 30 por cento para os planos de saúde 37 e de 20 por cento para os 3.337. Rodrigues criticou o reajuste anunciado, alegando que os convênios incluem poucos aposentados. "Quando falaram em 30 por cento e 20 por cento, nosso presidente [da associação] deveria usar o Estatuto do Idoso para negociar com a Unimed. O 337 não tem 400 vidas. Sou um dos mais novos desse plano. Os outros estão até completando 100 anos", afirmou Rodrigues, que tem 78 anos.
"Liguei para Brasília e me falaram em reajuste de 7,69 por cento. Se não pagássemos seriamos cortados da Unimed. O advogado [da associação] falou que a partir do dia 3 vamos pagar sobre 7,69 por cento, pois conseguimos liminar", comentou Rodrigues, antes de pedir o apoio dos vereadores. "Ajudem-nos nesse problema, que é sério. São 1.600 pessoas que estão debatendo com a Unimed, que não pode fugir do Estatuto", concluiu.
TEXTO: Ricardo Vasques / MTB 49.918
FOTO: Gustavo Annunciato / MTB 58.557