
01 DE MARÇO DE 2021
Empresa procurou o vereador para explicar atuação na cidade.
Procurado por representantes da Mirante, Anilton Rissato promoveu reunião nesta segunda-feira
Questões operacionais da Mirante, empresa responsável pelo serviço de coleta e tratamento de esgoto em Piracicaba, foram esclarecidas em reunião na Câmara na tarde desta segunda-feira (1º). O vereador Anilton Rissato (Patriota) recebeu Jacy Prado e Ozanan Pessoa, respectivamente presidente e diretor-executivo da regional paulista da Aegea, grupo controlador da companhia que atua em Piracicaba desde 2012, quando a parceria público-privada firmada pela Prefeitura no setor teve início.
Os representantes da empresa procuraram o vereador para a reunião. Em 4 de fevereiro, na 2ª sessão ordinária do ano, Anilton Rissato reproduziu a reclamação de uma moradora do Parque Orlanda que tinha pedido o conserto de um vazamento de esgoto em frente à sua casa e ainda não havia sido atendida. De acordo com o parlamentar, equipes estiveram na localidade sete vezes, sem dar solução ao problema.
O vereador voltou a citar o caso na reunião desta segunda-feira, chamando a atenção para outras reclamações relacionadas ao esgoto que chegam ao seu gabinete, como o desnivelamento das tampas de poços de visita em relação ao asfalto e a existência de localidades em que os dejetos ainda não são tratados. "Sabemos, como vereador, que não está sendo tratado 100%. Temos várias denúncias de esgoto que cai em córrego", exemplificou.
Jacy disse que a Mirante —com contrato de 30 anos com o município, até 2042— investiu R$ 420 milhões entre 2012 e 2013 para a universalização do esgoto em Piracicaba, fazendo a cidade figurar no topo do ranking nacional de saneamento, com efeitos positivos que vão do estímulo ao desenvolvimento imobiliário à redução de 57% no índice local de internações por diarreia. "Fizemos pular de 30% para 99,99% a universalização, seguindo o marco regulatório do setor", disse o presidente da regional paulista da Aegea, grupo que atua em 127 municípios no país, como as capitais Manaus, Campo Grande e Teresina.
Jacy falou do investimento da Mirante em ampliar a infraestrutura local —"Fizemos obras de dezenas de milhões nas comunidades de Piracicaba; trabalhamos colocando rede desde 2016 e intensificamos na pandemia"— e explicou que, embora não dê para cravar a marca de 100% de esgoto tratado na cidade, parte dos casos relatados sobre dejetos correndo a céu aberto se trata, na verdade, de "extravazamento de esgoto por causa do óleo de cozinha, que entope a tubulação com frequência".
Ozanan disse que, no caso da moradora do Parque Orlanda, o número de visitas está relacionado à complexidade do trabalho para desentupir a rede, que vai do uso de equipamento manual ao emprego de caminhão de jato forte, em situações extremas. Sobre o desnivelamento das tampas de poços de visita, o diretor-executivo classificou-o de "absurdo" e atribuiu o serviço à Prefeitura. "Não cabe à gente, tem a ver com a pavimentação asfáltica. O certo é usar máquina fresadora", afirmou, sobre o método que garantiria o nivelamento entre as tampas e o asfalto.
Jacy e Ozanan salientaram a preocupação da Mirante com a "transparência" e reiteraram a disposição em solucionar as demandas que os vereadores trazem da população, com equipes que estão nas ruas "24h por dia". "Não temos olhos para a cidade inteira; tendo demanda, nos avisem e vamos na hora", disse o presidente da regional paulista da Aegea.