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18 DE DEZEMBRO DE 2020

André Luis Gervatoski Lourenço recebe o "Piracicabanus Praeclarus"


Iniciativa de Capitão Gomes, a concessão do título destaca os relevantes serviços prestados, com excelência e dedicação a que o médico piracicabano atende a população.



EM PIRACICABA (SP)  

Foto: Guilherme Leite - MTB 21.401 (1 de 10) Salvar imagem em alta resolução

Hélio Vilani, André Luis, Capitão Gomes

Hélio Vilani, André Luis, Capitão Gomes
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André Luis Gervatoski Lourenço recebe o "Piracicabanus Praeclarus

André Luis Gervatoski Lourenço recebe o "Piracicabanus Praeclarus
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André Luis

André Luis
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Capitão Gomes

Capitão Gomes
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Capitão Gomes

Capitão Gomes
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André Luis Gervatoski Lourenço recebe o "Piracicabanus Praeclarus

André Luis Gervatoski Lourenço recebe o "Piracicabanus Praeclarus
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André Luis Gervatoski Lourenço recebe o "Piracicabanus Praeclarus

André Luis Gervatoski Lourenço recebe o "Piracicabanus Praeclarus
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André Luiz

André Luiz
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André Luis Gervatoski Lourenço recebe o "Piracicabanus Praeclarus

André Luis Gervatoski Lourenço recebe o "Piracicabanus Praeclarus
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Martim Vieira, André Luis

Martim Vieira, André Luis
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Hélio Vilani, André Luis, Capitão Gomes



A Câmara de Vereadores de Piracicaba, conforme iniciativa de Carlos Gomes da Silva, o Capitão Gomes (PP), no decreto legislativo 38/2019 concede o Título de Piracicabanus Praeclarus ao médico André Gervatoski Lourenço. A entrega da honraria transcorreu-se nesta sexta-feira (18), às 13h00, em ato solene nas dependências do gabinete do parlamentar, terceiro andar do prédio anexo, rua São José, 547.

Nascido em 16 de outubro de 1971, em Piracicaba, Gervatoski é filho de Waldir Reder Lourenço e Tamara Gervatoski Lourenço. Graduado em medicina (1996), com residência médica em Transplante de Medula Óssea, Hematologia e Hemoterapia pela Unicamp (Universidade Estadual de Campinas).

Em Piracicaba, no Hospital dos Fornecedores de Cana, é responsável pelo transplante de medula óssea, atualmente com mais de 150 transplantes realizados. Atua também como Hemoterapeuta responsável pelo departamento de Hematologia e pela Agência Transfusional, onde implantou o setor de aféreses, que beneficia a região de Piracicaba,  com 1.200.000 habitantes.

Na Irmandade Santa Casa de Misericórdia de Piracicaba, é diretor clínico da Instituição, onde atua também como responsável pelo departamento de Hematologia e pela agência Transfusional.

André Luis Gervatoski Lourenço conta com diversos trabalhos publicados em anais de eventos e é membro do Grupo de Leucemia Mielóide Crônica, do Grupo Latino Americano de Leucemia Mielóide Aguda, da Sociedade Brasileira de Transplante de Medula Óssea, da Sociedade Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular e também da (ASH) Sociedade Americana de Hematologia.

Na entrega da homenagem, o vereador Capitão Gomes destacou a importância de Piracicaba reconhecer aqueles filhos queridos que elevam o nome da cidade. Também enfatizou o caráter da honraria, que procura contemplar pessoas diferenciadas, que fazem um relevante trabalho pela cidade e, por já serem do local recebem o Título de Piracicabanus Praeclarus, ao invés do Título de Cidadão Piracicabano, pois nasceram aqui.

André Luis agradeceu a honraria recebida e, discorreu sobre a verdadeira paixão que tem por Piracicaba, num olhar que vai além de contemplar as maravilhas naturais, passando pela beleza da paisagem, da vegetação, das flores e do glorioso rio de Piracicaba, local de muitas recordações quando criança. Também comentou sobre seu afastamento da cidade, por 10 anos, quando foi estudar na Unicamp, em Campinas e, retornou para os "braços" de uma Piracicaba que nunca saiu de seu coração, pois remete aos sagrados laços familiares, de pais e avós, que também remetem à um antepassado que cruzou mares, para se aportar no Brasil, e escolher Piracicaba para criar raízes.

Trajetória

Sobre sua trajetória de vida acadêmica, André Luis se recorda de quando era adolescente, com 17 para 18 anos, e chegava em Campinas, para cursar medicina na Unicamp, onde vislumbrou um mundo universitário, novo, diferente, num momento muito intenso de sua vida, onde acabou ficando distante das raízes piracicabanas, por toda esta intensidade, por esta exigência e demanda do que foi o curso e, somando a isso a residência médica.

Luis relata o término do curso, em oportunidades de retorno a Piracicaba, sendo que voltou bastante perdido, pois não havia uma estrutura de hematologia para atender na cidade. O ano era 2000, em plena época do verão, o tempo foi passando e, já na primavera, teve uma sensação muito boa, que refletia na vegetação, nos ipês, em marcas registradas em Piracicaba, incluindo as tipuanas, sibipirunas e jacarandás, onde podia sentir que as coisas começavam a andar, refletido nas flores, nos prédios, numa situação de melhora.

Sobre os encantos do rio Piracicaba, Luis enfatiza que isto faz parte de sua vida. E, conta uma história que remonta uma época em que ainda era muito pequeno e, um tio, que gostava de pescar. “A gente pescava do salto até Santa Maria da Serra”, relembra, numa época que era permitido pescar nestes lugares e, a cada final de semana sempre arrumavam um cantinho para pescar.

Luis enfatiza que o rio tinha um cheiro característico, da água, dos peixes e a água com maior concentração de terra, do fundo do rio, onde ele traz esta vida permeando o meio da cidade, onde todo mundo consumia os peixes deste rio.

Segundo Luis, quando retornou a Piracicaba, sempre procurou estar perto do rio, sendo que hoje mora ao lado dele, numa das primeiras casas na margem direita, atrás do Engenho Central, onde fez questão que a casa ficasse em frente à uma matinha que se forma ali.

Na evocação às flores, Luis ratifica o olhar da composição da letra do Hino de Piracicaba, na obra do professor Newton de Mello, que remete às flores, a natureza e todo o encanto deste manancial. “A cidade sempre foi muito arborizada e a gente precisa cuidar disso.”

Sobre o recebimento da honraria da Câmara, André Luis agradece o deferimento, mas não se considera tão merecedor assim, por achar que ainda não fez o suficiente.

O médico também lembra de quando chegou em Piracicaba, no ano de 2000, numa cidade que já era grande, e aprendeu a “colher de grão em grão”, no atendimento de seus primeiros clientes, quando começou na área de dermatologia ligada ao câncer, com o aumento de pacientes ao longo dos anos, totalizando uns 50 pacientes em 2003.

Relembra que nos anos de 2004 para 2005 houve a necessidade de implantação de outros programas, como transplante de medula, sendo que hoje, nos Fornecedores de Cana, há um serviço que atende a toda região da DRS-10, pelo Sus, além de alguns pacientes de fora, havendo um crescimento exponencial nestes 20 anos, com atuação de seis hematologistas, onde foi ampliado a equipe, devido ao aumento dos clientes e a complexidade das doenças.

Luis também ressaltou o papel da Santa Casa, que foi o primeiro hospital a abrir espaço para sua atuação em Piracicaba, como hematologista.

Foram seis anos de medicina na Unicamp, um ano de clínica médica, dois de hematologia e hemoterapia e um de transplante de medula óssea, totalizando 10 anos, de 1991 a 2001. Em 2007 Luis diz que passou a assumir o setor de transfusão da Santa Casa e há seis anos foi convidado a se candidatar como diretor clínico, onde já cumpriu dois mandatos e já está indo para um terceiro, na coordenação dos médicos. “Lá tem esta característica, de você caminhar por uma imensidão de área, compreendendo o setor de estacionamento. Também é um local em que me agrada muito, que é a área de gestão. ”

Paixão por Piracicaba

Luis destaca o papel da família, como atrativo de querer retornar à sua cidade natal, onde sempre viu o exemplo dos pais e dos avós, de amarem o local, no acolhimento aos antepassados, somados às duas gerações, de uma família de italianos, por parte de pai, que veio e ficou numa região pra cima do bairro Piracicamirim. E, por parte de sua mãe, originária de família polonesa, tem história que até envolve o surgimento do bairro dos Alemães, que teriam surgidos por causa deles, se somando aos Fischer e outras famílias, em época que remonta o começo do século passado.

O médio realça que a família de sua mãe veio da Polônia, passando pela Áustria, Alemanha e vieram para cá, mudaram de nome quando chegaram aqui, por motivos de perseguição, onde foram bem acolhidos.

“Isto vem no DNA das pessoas, no acolhimento do outro”, diz Luis, que também ressalta sua experiência fora do Brasil, além de andar muito por aqui, além de Campinas. Relata que esteve na Holanda, República Tcheca e até na França, onde apresentou alguns trabalhos ainda quando era aluno.

“Mas, por mais vislumbrante e relevante que seja um lugar, é difícil não esquecer da emoção de quando adentramos Piracicaba. Quando a gente chega em nossa cidade, em nossa casa, a gente tem um sentimento diferente. Como todo jovem, tive a vontade de abraçar o mundo. Porém, esta referência que a gente tem de voltar para o nosso lugar, fala mais alto”, disse.

Como mensagem aos jovens, até pelas vivências que obteve no decorrer da vida, Luis destaca o aprender a amar, como mandamento a ser observado acima de tudo. “Aprender a amar o nosso local, a pessoa que está do nosso lado, o nosso familiar, a pessoa com quem a gente vive. A gente pode conquistar uma série de status materiais ao longo de nossa vida, mas, quando a gente olha para trás a gente tem que ter a consciência do que realmente tem valor. A única forma da gente reparar de se preparar contra esta cilada que a vida traz pra gente é conseguindo nutrir o amor para com as outras pessoas. E, para a gente ser retribuído também. Está dentro da gente”, diz.

Luis esclarece que sua formação religiosa é católica.

Homenagem

No agradecimento pela homenagem, Luis novamente reitera o momento em que pode vislumbrar as flores e os demais encantamentos, de uma cidade que se abriu para ele depois de 10 anos que esteve fora, em Campinas, a estudo, da satisfação de contemplar toda esta margem bonita do rio Piracicaba, “o que me agrada muito, pois faço questão de passar por lá todos os dias”, num lugar que ama muito.

“Para mim a homenagem é grandiosa. Eu pessoalmente gosto muito de ser discreto. Não gosto muito das badalações, das festas. Esta foi uma forma maravilhosa de eu ter recebido esta condecoração. O senhor foi muito gentil comigo. Tenha certeza que diariamente eu penso nos cuidados que eu quero ter com pessoas que estão sob minha responsabilidade. Quero estar fazendo sempre o melhor que eu posso no dia-a-dia. Este é meu amor que tenho pela cidade, pelo ser humano. Me sinto muito valorizado de receber esta homenagem”, concluiu.



Texto:  Martim Vieira - MTB 21.939


Homenagem

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