O vereador André Bandeira (PSDB) esteve no Centro de Especialidades Médicas, na manhã desta quinta-feira (6), para verificar os pontos do prédio, localizado na travessa Newton de Almeida Mello, bem atrás do Mercado Municipal, que necessitam passar por adaptações. A unidade de saúde atende entre 700 e 1.200 pacientes por dia, mas o número dos que circulam pelo local no horário em que ele fica aberto ao público, entre 7h e 19h, supera a marca de 1.500 pessoas.

Os dados foram informados pela coordenadora do CEM, Liliana Rensi. Em conversa com Bandeira, a enfermeira, que já enviou ofício à Secretaria Municipal de Saúde abordando o assunto, apontou três pontos que precisam receber melhorias imediatas: a abertura de um espaço, na frente da unidade, para que veículos possam parar para fazer o transporte de pacientes; a mudança nos horários de coleta do lixo descartado por comerciantes do Mercado Municipal, em razão do barulho provocado pelos caminhões em pleno horário de atendimento médico; e a adaptação de um banheiro para uso por pessoas com deficiência.

Para buscar uma solução que contemple os três pontos, Bandeira vai detalhar em um documento a situação do CEM e, depois, formalizar os pedidos por meio de indicações ao Executivo. Além disso, o vereador conversará pessoalmente com o prefeito Barjas Negri (PSDB) e o secretário municipal de Saúde, Fernando Cárdenas, para tentar uma resposta rápida para o problema. "Nosso intuito é reforçar a solicitação que está no ofício [enviado pela enfermeira Liliana à Secretaria Municipal de Saúde] e cobrar uma solução mais incisiva. Ajudando o CEM nessa estrutura, por consequência ajudamos a população que é recebida aqui diariamente", disse Bandeira.

ESTACIONAMENTO
O ponto que requer mais urgência, segundo Liliana, diz respeito à falta de vaga especial para embarque e desembarque de pacientes. Por ser estreita, a travessa Newton de Almeida Mello permite o estacionamento apenas do lado direito, que já está todo reservado no trecho que fica em frente ao CEM. O espaço, de pouco mais de 50 metros, hoje é ocupado por três caçambas de lixo, faixa para veículos oficiais e espaço reservado para parada de ambulâncias.

Motoristas que precisam fazer o transporte de pessoas com deficiência, acamadas ou com a mobilidade reduzida encontram, atualmente, apenas duas opções: ou estacionam longe da entrada do CEM e percorrem a distância empurrando a cadeira de rodas do paciente pela rua (já que a calçada no entorno da unidade é estreita e desnivelada), correndo o risco de ser atingido por carros e motos que transitam pela travessa; ou param por alguns minutos sobre a calçada em frente ao CEM, podendo ser multados pela irregularidade.

Por isso, a ideia de Liliana é derrubar parte da grade que separa o CEM da rua, abrindo espaço para a entrada de um veículo bem próximo à rampa usada por cadeirantes para acessar a portaria do prédio. A grade permaneceria no trecho próximo à farmácia, garantindo a segurança do local.

A necessidade de criar a vaga especial de estacionamento ficou mais evidente no último dia 29, depois de um acidente envolvendo um carro que transportava um cadeirante e outro veículo, do Centro de Detenção Provisória, que levava presos para atendimento médico no local. Com pressa, o motorista do veículo do CDP acabou batendo no carro que havia parado para desembarque do paciente, amassando e riscando a lateral do automóvel.

COLETA DE LIXO E BANHEIRO ADAPTADO
Os outros dois pontos problemáticos do CEM também precisam de solução rápida, segundo a coordenadora da unidade.

Liliana pede a mudança do local onde ficam as três caçambas para depósito do lixo descartado por comerciantes do Mercado Municipal. Segundo a enfermeira, a coleta do material, feita três vezes ao dia (às 7h30, às 12h e às 15h30), provoca ruídos acima do tolerável, prejudicando o atendimento prestado na unidade de saúde. "Você não consegue conversar com outra pessoa", critica Liliana, que aponta como uma das alternativas ao problema transferir as caçambas para um espaço na rua Dom Pedro I, ao lado do Mercado.

A coordenadora também solicita a adaptação de um banheiro para uso por pessoas com deficiência. O local a ser transformado seria um dos banheiros masculino e um dos banheiros feminino do térreo. "A gente precisa disso e de uma bancada para trocar a fralda de bebês, como se fosse um fraldário", observa Liliana. O CEM é quase todo adaptado para pacientes com mobilidade reduzida, com rampas e macas com rodas, por exemplo. A exceção são as portas, que não estão adaptadas para a passagem de cadeiras de rodas para pessoas obesas, que são mais largas que cadeiras as comuns.

TEXTO: Ricardo Vasques / MTB 49.918

FOTO: Fabrice Desmonts / MTB 22.946