O diretor da Amoporto (Associação dos Moradores e Comerciantes da Rua do Porto), Pierre Burtscher, acompanhado do presidente da entidade, Benedito de Camargo ocupou a Tribuna Popular da Câmara, na reunião ordinária de hoje (11) para destacar a importância da população piracicabana se envolver numa campanha específica para tentar reverter a situação de insegurança no entorno da Rua do Porto, principalmente após os incidentes que envolveram os assassinatos de dois jovens oriundos do Estado da Paraíba, em janeiro.

Pierre Burtscher falou da repercussão negativa da falta de segurança na Rua do Porto, com reflexos até em Miami, por ocasião de visita que fez aos EUA quando foi interpelado sobre o Brasil. O diretor da Amoporto também falou do envolvimento de entidades e órgãos de comunicação, como o Jornal de Piracicaba, e a ONG Piracicaba 2010 que já abraçaram a campanha em defesa do resgate emblemático que representa a Rua do Porto para Piracicaba.

Pierre lembrou que o vereador José Pedro Leite da Silva, o Zé Pedro (PR) protocolou requerimento convocando uma reunião para discutir questões ligadas à segurança da Rua do Porto.

O requerimento agenda para o dia 20, reunião com representantes das forças policiais, do poder Executivo e da Amoporto.

No requerimento, o parlamentar convida representantes das polícias Civil e Militar. José Pedro defende a participação de todos em um projeto de segurança para a Rua do Porto. “Pode até partir do Executivo, mas a concepção e elaboração tem que envolver os vários segmentos da sociedade. A idéia é na reunião já sair com um esboço.”

Em matéria divulgada pelo Jornal de Piracicaba, a informação é que um projeto concebido por uma empresa privada de segurança e orçado em R$ 130 mil para a instalação de câmeras e a contratação de uma empresa terceirizada para cuidar do monitoramento e da cobrança de estacionamento nos bolsões da Rua do Porto foi apresentado ao Executivo municipal em setembro de 2007.

O secretário municipal de Turismo, Omir Lourenço, afirmou que o projeto da Amoporto tem sido estudado pelo Executivo, que ainda não elaborou nenhum projeto de lei sobre o assunto. Segundo Lourenço, a questão de segurança não é de responsabilidade do Executivo. “Não temos esse valor no Orçamento e também não é nossa intenção cobrar estacionamento da população. É preciso uma mobilização para se conseguir isso de parcerias com a iniciativa privada.”

O debate sobre a falta de segurança também repercutiu na Câmara com a participação de vereadores como Antonio Oswaldo Storel (PSB) ao defender a criação de um gerente para administrar especificamente a Rua do Porto; do vereador Fausto Rocha (PT) que comentou sobre os preconceitos da evolução dos projetos da Rua do Porto, como o Beira Rio I, além de comentar sobre problemas de segurança que envolveu a participação da Banda da Sapucaia, no Carnal deste ano; vereador José Pedro Leite da Silva (PR) ao incluir a questão de segurança nas zonas rurais de Piracicaba e, do acionamento do Ministério Público para rever o sistema de segurança na região do distrito de Ártemis. Além da participação do vereador Euclides Buzetto (PT) que também comentou sobre a importância de discutir a insegurança da Rua do Porto.

MARTIM VIEIRA MTB 21.939

FOTO: FABRICE DESMONTS MTB 22.946

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