Antes da votação do projeto de lei complementar 11/2017, que altera o estatuto da Guarda Civil do Município (GCM) para atribuir a função de fiscalizar o trânsito, o presidente da associação que representa a categoria na cidade, Marcos Sergio de Jesus Ramos, ocupou a tribuna popular da Câmara solicitando que os parlamentares aprovassem por unanimidade as mudanças. Ele disse que esta é uma reivindicação antiga de "toda a corporação".

Ramos evocou a lei federal 9.503/1997, que trata do Código de Trânsito Brasileiro. Ele citou a necessidade de mudança de comportamento dos usuários e disse que Piracicaba fica em 14º lugar nas mortes por acidentes de trânsito entre os 645 municípios paulistas. "Nos cinco primeiros meses de 2017, 12 jovens entre 17 e 29 anos vieram a óbito em Piracicaba. No mesmo período do ano passado, foram seis mortes na mesma faixa etária. Isso se deve, principalmente, pela grande sensação de impunidade, devido a pouca fiscalização."

Segundo ele, entre 1998 e 2001, a GCM fazia a fiscalização de trânsito. E que o estatuto da categoria, aprovado em 2014, trata, no artigo 5, parágrafo 6, a competência de atuação no trânsito, mediante convênio com órgãos municipais e estaduais. Além disso, é algo confirmado pelo Supremo Tribunal Federal, informou o presidente da Associação dos Guardas Civis Municipais de Piracicaba. "Cremos que todos serão beneficiados, menos os descumpridores das regras e leis. Não acreditamos na indústria das multas, como pregam alguns veículos de imprensa, às vezes."