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18 DE MAIO DE 2015

Paulo Henrique distribui 10 mil cartilhas contra pedofilia


Distribuição foi feita em nove pontos da cidade e contou com o apoio de 50 voluntários.



EM PIRACICABA (SP)  

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Com o objetivo de informar e conscientizar a população para o crime de pedofilia que vem crescendo no país, o vereador Paulo Henrique Paranhos Ribeiro (PRB), coordenador da campanha “Todos Contra a Pedofilia”, realizou na manhã de hoje (16), data que antecede o “Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescente”, pedágios em 10 pontos diferentes da cidade.

O evento, segundo o parlamentar foi a maior ação contra a pedofilia de Piracicaba, mobilizou cerca de 50 voluntários, que distribuíram 10 mil cartilhas, com material informativo sobre o combate ao crime de abuso sexual contra crianças e adolescentes, entregues aos motoristas e pedestres que passaram pelos pedágios.

Durante os pedágios que foram realizados no cruzamento das ruas XV de Novembro com avenida Independência,  Praça Takaki, Teatro Municipal, avenida São Paulo com rua da Glória, avenida doutor Paulo de Moraes com rua Benjamim Constant, avenida Raposo Tavares, avenida Independência com Luciano Guidotti, Praça da Matriz na Vila Rezende e no cruzamento da avenida Armando de Salles de Oliveira com Torquato da Silva Leitão, o vereador alertou que a maioria dos abusos sexuais com crianças é praticada por agressores identificáveis pela vítima. Cerca de 80% a 85% são do núcleo familiar, sendo que de 30% a 40% são pais, avós ou padrastos.

“ O agressor observa e acompanha a criança até encontrar o momento certo para agir. Geralmente, cria-se uma situação de domínio que, muitas vezes, impede a vítima de contar o que está acontecendo. Mais de 90% dos casos não aconteceu uma única vez, principalmente por essa proximidade entre a criança e o pedófilo, que exerce uma posição de superioridade e controle dentro ou próxima ao núcleo familiar”, alertou o parlamentar.

Cada criança reage de diferente, algumas contam imediatamente o ocorrido, outras podem levar anos. Uma grande parcela de mães ao ter conhecimento do fato toma providências para acabar com o abuso sexual. Outras que chegam a agredir a criança por achar que ela está mentindo. Existem casos que as mães foram coniventes, chegando a participar do ato sexual com os próprios filhos.

“As crianças vítimas de abuso sexual apresentam no decorrer do tempo baixa autoestima, depressão, sentimentos de estigmatização, automarginalização, passa a ter dificuldades de relacionamento, hostilidade com pessoas do mesmo sexo do agressor, disfunções sexuais, uso abusivo de drogas licitas e ilícitas e podem chegar a se prostituírem”, comentou Ribeiro.

O parlamentar lembra que o Estatuto da Criança e Adolescente (ECA) determina que é dever da família, da sociedade e do Estado cuidar das crianças e adolescentes. Daí a existência de uma ordem hierárquica na redação da lei, afinal, cabe primeiramente à família essa obrigação, mas quando ela não consegue garantir o direito mínimo para as crianças e adolescentes, entra em ação o Poder Público.

“Muitos acham que a realização dos pedágios é uma bobagem, que a distribuição e orientação não surte efeito, mas estão enganados, depois do início da campanha aumentou o número de denúncias, a maioria dos casos registrados partem de denúncias anônimas que são apuradas com cautela pelo Conselho Tutelar”, comentou o parlamentar.

Paulo Henrique alertou que o combate à pedofilia tem início em casa, por intermédio dos pais, que devem orientar e ensinar seus filhos que não podem ser tocados por um adulto e tomar cuidado com vans escolares, professores e pessoas que tentem um contato mais íntimo, alertando que devem confiar nele e relatar qualquer ato desta natureza.

“O trabalho de combate a pedofilia que estamos fazendo aqui em Piracicaba está servindo de exemplo e sendo implantados em outras cidades e estados. Vale lembrar que a casa 60 segundo uma criança é violentada no país”, disse Paulo Henrique.

O vereador foi informado que existe um comércio que alimenta a rede de pornografia infantil on-line onde fotos e vídeos de crianças são vendidos e chegam a movimentar bilhões de dólares por ano no mundo. Pais e filhos, inconscientes dos perigos da rede são presas fáceis de pedófilos. Uma criança ingenuamente não identifica um adulto se passando por um amiguinho da mesma idade.

 “O computador pode ser uma arma, e os pais não têm noção do que essa máquina representa nas mãos de uma criança sozinha. A internet dá acesso a um mundo para o qual  a criança ainda não está preparada. Mesmo que o pai tenha cuidados com os sites visitados, ele precisa monitorar a criança na internet para saber com quem ela se relaciona, pois os criminosos também entram em sites inocentes, onde se passam por crianças”, falou Paulo Henrique.

As voluntárias Angélica Penatti e Giully Maciel, disseram que consideram a campanha de conscientização é muito importa e que as setes missões para o combate à violência sexual infanto – juvenil, pode ajudar os pais a detectar sintomas de que seus filhos estão sendo vítimas de abuso. Elas acreditam também que a campanha acaba inibindo a ação dos pedófilos, pois eles sabem que as pessoas estão alertas, para este crime hediondo.

DIA NACIONAL DE COMBATE AO ABUSO E EXPLORAÇÃO DE SEXUAL DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES

 

No dia 18 de maio de 1973, Araceli Cabrera Crespo, saiu mais cedo da escola, a pedido da mãe, que escrevera um bilhete para a professora e se dirigiu a um edifício levando um envelope, que continha — sem que ela soubesse — drogas para ser entregues a um grupo de rapazes, filhos de famílias ricas e importantes de Vitória/ES e que eram conhecidos por seu gosto em realizar orgias regadas a narcóticos, álcool e sexo.

Ao chegar ao lugar indicado por sua mãe, que era quem provinha de drogas aos jovens, Araceli se deparou com os rapazes, que já se encontravam sob os efeitos da cocaína. Estes a atacaram e a mataram com requintes de crueldade.

Segundo uma testemunha, antiga amante de um dos envolvidos, Araceli foi violentada e dopada com uma forte dose de LSD, à qual não resistiu; exames periciais constataram depois que a menina foi também asfixiada.

O corpo da garota foi encontrado nu e desfigurado, seis dias depois do crime, em um terreno baldio e para dificultar sua identificação, foi jogado ácido corrosivo sobre os restos mortais.  Antes, o cadáver havia sido levado para o bar do tio de um dos acusados e deixado por vários dias no freezer.

Apesar de Gabriel Crespo ter reconhecido o corpo da filha por um sinal de nascença, a certeza veio em um dia em que ele levou o cachorrinho de estimação da menina, Radar, ao Instituto Médico Legal (IML). Ao chegar ao local, o animal se dirigiu imediatamente à geladeira e passou a arranhar a gaveta em que se encontrava o cadáver de sua dona, que ficou por quase três anos no  IML, antes de ser enviado para uma autópsia no Rio de Janeiro e posteriormente sepultado, em 1976.

Os principais suspeitos do crime eram filhos de um latifundiário membro da maçonaria capixaba e de um rico exportador de café. Embora houvesse testemunhas contra os dois jovens, eles foram absolvidos em um julgamento realizado em 1991.

Seu martírio significou tanto que esta data se transformou no “Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes”.


Dicas para proteger seus filhos da ação de pedófilos na internet

* Mantenha o computador em uma área comum da casa;

* Acompanhe as crianças quando utilizar computadores de bibliotecas;

* Navegue algum tempo com a criança internauta. E guie seu filho no mundo virtual;

* Aprenda sobre os serviços utilizados pela criança, observe suas atividades na Internet;

* Encoraje a criança a relatar atividades suspeitas, ou material indevido recebido;

* Estabeleça regras razoáveis para a criança. E tempo de permanência na internet;

* Se necessário, opte por programas que filtram e bloqueiam sites;

* Monitore sua conta telefônica e o extrato de cartão de crédito.

* Instrua a criança a nunca divulgar dados pessoais na internet;

* Conheça os amigos virtuais da criança sobre a criança.

* Cuide para que a criança não marque encontros com pessoas conhecidas através da internet sem sua permissão.

* Caso suspeite que alguém on-line está fazendo algo ilegal, denuncie-o às autoridades policiais ou ao site;


ONDE DENUNCIAR

Disque 100 – Funciona diariamente, das 8h às 22hs, a ligação é gratuita e não precisa se identificar.

Delegacia de Defesa da Mulher – 3433-7022 – rua Alferes José Caetano, 1018 – Centro

Conselho Tutelar I – 3422-9026 – rua Ipiranga, 804 – Centro

Conselho Tutelar II – 3421-8962 – avenida Barão de Serra Negra, 545 – Vila Rezende

Proteja Brasil – www.protejabrasil.com.br – Aplicativo para smartphones e tabletes criado para facilitar denúncias de violência contra crianças e adolescentes.



Texto:  Patrícia Moraes Sant'Ana - MTB 24.154


Fórum Combate à Pedofilia Paulo Henrique

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