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22 DE NOVEMBRO DE 2019

Oficina detalha ferramenta para implantação de logística sustentável


Iniciativa da Escola do Legislativo da Câmara, evento foi ministrado por servidor do Interlegis, instituto do Senado Federal



EM PIRACICABA (SP)  

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A introdução de práticas ambientalmente sustentáveis em organizações, públicas ou privadas, depende mais do que boa vontade. Deve estar, essencialmente, conectada a planejamento baseado em diagnóstico, com metas e ações previstas. É com intuito de estruturar as variáveis deste processo que o Interlegis, instituto ligado ao Senado Federal, divulga o PLS (Plano de Logística Sustentável), um roteiro que oferece aos gestores uma ferramenta ampla para criação de programas ecológicos. 

“O aquecimento global causado pelo ser humano é uma realidade. Nos últimos 30 anos, o mundo consumiu um terço dos recursos naturais disponíveis”, diz Mário Viggiano, arquiteto e chefe do SPPE (Serviço de Planejamento e Projetos Especiais) do Interlegis, com o intuito de ilustrar a urgência que o tema exige na sociedade, sobretudo do poder público. Ele coordenou a Oficina “Câmaras Verdes”, quinta (21) e sexta-feira (21), na Escola do Legislativo da Câmara de Vereadores de Piracicaba. 

Dentro deste contexto, órgãos da administração pública se mobilizam para diminuir emissão de carbono, otimizar o uso da água e desenvolver práticas sustentáveis na gestão de resíduos sólidos. Assim nasceu, em 2015, o programa do Senado Federal que, mais tarde, em parceria com a Câmara dos Deputados e o TCU (Tribunal de Contas da União), resultou no material que dá suporte para implantação do PLS. 

“É preciso que o PLS seja consenso entre o corpo de agentes públicos e servidores”, diz Viggiano. O passo inicial, explica, é instituir no órgão uma comissão gestora, com a função de coordenar a formulação do plano, estabelecer coleta e sistematização de dados, traçar conformidade destas informações com as áreas envolvidas, assim como propor, instigar e fomentar as iniciativas a serem desenvolvidas. 

Na etapa seguinte, o PLS prevê diagnóstico, com inventário de bens de consumo, práticas existentes e novas, divididas em eixos temáticos. Para colocar o plano em funcionamento, a ferramenta estrutura uma “matriz de referência”, um arquivo onde são detalhados os objetivos, as metas e as diversas ações exigidas para implementação das demandas. Todo o processo, esclarece Viggiano, deve prever detalhamento ao corpo efetivo do órgão e o monitoramento dos resultados. 

“Aqui, trazemos a nossa experiência, mas cada órgão tem a sua realidade e as suas demandas”, disse o servidor do Senado. Com o objetivo de ampliar a vivência com o PLS, os participantes foram divididos em grupos e estimulados a estruturar, na prática, eventuais comissões gestoras e a preencher os arquivos de “matriz de referência”, baseados em propostas que podem ser levadas aos locais onde atuam.

O controlador interno da Câmara de Vereadores de Ilha Solteira, no extremo oeste do Estado de São Paulo, Reinaldo de Frias, elogiou o método e os benefícios que proporciona. “O mais importante é colocar as ações no papel, porque é isso que fará com que as boas práticas permaneçam”, disse.  “A gente já sai daqui com muita coisa em mente e, agora, queremos desenvolver novas ações”, acrescentou. 

Rodrigo Santucci, técnico legislativo e que atua no Setor de Compras da Câmara de Vereadores de Campinas, avalia que a ferramenta PLS contribui para organizar as ações necessárias para introdução de práticas sustentáveis. “A gente já sai daqui e consegue visualizar algumas ações já podemos implantar”, disse. 

CÂMARAS VERDES – A diretora da Escola do Legislativo, vereadora Nancy Thame (PSDB), enalteceu a parceria entre a Câmara e o Interlegis com o objetivo de trazer a Piracicaba o programa do Senado voltado à sustentabilidade. “Passamos um dia inteiro tratando de conceitos, com itens e eixos, e ainda fechamos a oficina com um exercício onde já buscamos prever algumas ações para serem aplicadas”, disse. 

A vereadora defende que a Câmara de Piracicaba busque ser modelo para a cidade. Ela avalia que, por conta de estar em prédio antigo e com diversas limitações, as demandas por implementações ecológicas ficam restritas. “A cidade precisa de um exemplo de sustentabilidade e eficácia com o dinheiro público”, conclui. 

O presidente da Câmara, Gilmar Rotta (MBD), participou da recepção aos participantes da oficina, na quinta (21). “Fico feliz em recebe-los. Essa oficina vai ao encontro do nosso interesse em fazer um trabalho de sustentabilidade e que proporciona novos conhecimentos e propostas”, disse.

A oficina também contou com representantes da Câmara Municipal de Rafard, Câmara Municipal de Santa Clara D’Oeste, Câmara Municipal de Cerquilho e da Esalq (Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”).

CÂMARA SUSTENTÁVEL - A oficina acontece em um momento em que a Câmara de Vereadores de Piracicaba desenvolve programa voltado à estabelecer ações voltadas à sustentabilidade. O Câmara Sustentável tem o objetivo de colocar em prática a resolução 5/2018, da Comissão Permanente de Meio Ambiente, e desenvolver ações permanentes para mudar os hábitos de consumo e destinção de resíduos na Casa.

Apresentado aos servidores em 17 de Outubro, as primeiras ações do programa foram voltadas a diminuir o copo plástico utilizado por servidores, sobretudo nos espaços de café e durante o almoço no refeitório. Ao mesmo tempo, foi instalada coleta seletiva em cada um dos andares dos prédios da Câmara.



Texto:  Erich Vallim Vicente - MTB 40.337


Escola do Legislativo

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