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03 DE MARÇO DE 2015

Mesa Diretora recebe visita de representantes de Shopping Piracicaba


Vereadores da Mesa ouvem explicações da direção do Shopping



EM PIRACICABA (SP)  

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Mesa Diretora ouve representantes do Shopping

Mesa Diretora ouve representantes do Shopping
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Vereadores puderam ouvir as explicações sobre os alagamentos

Vereadores puderam ouvir as explicações sobre os alagamentos
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Shopping deixou na Câmara laudo técnico de 600 páginas

Shopping deixou na Câmara laudo técnico de 600 páginas
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Mesa Diretora ouve representantes do Shopping



Os vereadores da Mesa Diretora da Câmara de Piracicaba reuniram-se ontem (2) com representantes do Shopping Center Piracicaba, com o objetivo de ouvir explicações sobre os alagamentos ocorridos naquele local e a preocupação dos consumidores frente às notícias negativas divulgadas pela imprensa e, principalmente, aquelas que se espalharam pelas redes sociais. Os vereadores são frequentemente procurados pela população que cobra atitudes. Ao final do encontro, a Câmara fez alguns encaminhamentos que serão levados à BRMalls, administradora do shopping.

O vereador e presidente da Câmara, Matheus Erler (PSC), fez a abertura da reunião, falando da preocupação do Legislativo com as notícias veiculadas envolvendo o Shopping Center Piracicaba, que vão desde o perigo de “queda do prédio” até os alagamentos. Por isso, a Mesa Diretora pediu e, foi atendida, uma conversa com seus representantes para obter esclarecimentos. 

A superintendente Adriana Flores, acompanhada do coordenador Jurídico, Gustavo Lopes Rodrigues de Aguiar, fez amplo esclarecimento sobre os acontecimentos dos últimos meses, enfatizando em sua fala, que iria separar os fatos reais, dos boatos, esses vindos das redes sociais não pautam o Shopping Center Piracicaba.

A proposta da Mesa Diretora é abrir espaço para que à BRMalls possa, numa reunião ordinária ou somente para os demais vereadores, apresentar os dados técnicos que já existem sobre o problema, a solução a longo médio prazo (julho/agosto deste ano) e todas as providências que foram tomadas nos últimos três meses.

Em sua fala, Adriana foi bastante enfática ao afirmar que “o Shopping Center Piracicaba não corre risco de desabar”. Ela confirmou que os alagamentos dos dias 29 e 30 de dezembro, 25 de janeiro e 17 de fevereiro, aconteceram devido às fortes chuvas que caíram em Piracicaba, que também provocaram outros alagamentos. A Câmara tem laudo técnico, com mais de 600 páginas, que pode ser consultado pela população.

Antes de falar dos alagamentos, Adriana chamou de “boatos caluniosos” as declarações da queda do shopping, que começaram no mês de setembro do ano passado. O fato foi explorado pela redes sociais e foi parar no Ministério Público. A partir do laudo, a superintendente garantiu que a estrutura do prédio não apresenta qualquer risco de desabamento. A direção do Shopping divulgou uma nota, que foi publicada pela imprensa, desmentindo tais “boatos”. Mesmo assim, a Polícia Científica está fazendo um novo laudo sobre o imóvel.

Sobre os quatro alagamentos, Adriana Flores confirmou que realmente ocorreram. A partir do primeiro, a diretoria começou a tomar uma série de medidas e também buscou ajuda de especialistas para entender o problema. O alagamento de um corredor (29/12) aconteceu devido à falta de escoamento da enorme quantidade de água que havia na área externa do Shopping. Porém, no dia seguinte (30/12), outra chuva forte cai na cidade e novamente ocorre alagamento, agora por água aflorando das caixas do shopping. “Os materiais de construção estavam chegando, por volta das 16 horas, e sofremos novo alagamento. Não houve tempo para tomar as primeiras medidas paliativas”.

A partir do segundo alagamento, a direção do Shopping criou uma força-tarefa para enfrentar o problema e buscar soluções, trabalhando junto com a Prefeitura de Piracicaba, por meio da Secretaria Municipal de Obras (Semob). Foi constatado que a tubulação municipal pluvial que passa ao lado do prédio e dentro do terreno do Shopping Piracicaba tem 1 m de diâmetro e, num determinado momento, o Shopping precisa jogar sua água pluvial nesta rede. Com o forte volume vindo dos bairros acima do Shopping e também dele próprio, a tubulação não conseguiu atender à demanda e a água começou a retornar pelas grelhas internas.

Dentro da proposta do Shopping, a investigação preliminar fez a filmagem das galerias e descobriu restos de material de construção e até árvores. Os materiais contribuíram para agravar o problema, além das fortes chuvas em curto período de tempo – menos de 2 horas. Medidas foram tomadas para desobstrução das galerias e poços de observação foram instalados ao longo da rede. Em conversa constante com a Prefeitura, o Shopping pediu autorização para promover um estudo sobre uma solução. A justificativa é de que a iniciativa privada consegue maior agilidade para a contratação do serviço.

Com o aval da Prefeitura, por meio do secretário Arthur Ribeiro, o Shopping contratou os serviços: levantamento topográfico, projeto-executivo, orçamento e execução de nova rede de galeria pluvial no entorno do shopping. A proposta do BRMalls é da retirada da galeria do seu terreno, arcando com todos os custos da obra. Segundo Adriana, “pensamos numa proposta robusta, definitiva e para os próximos 100 anos”.

Os vereadores da Mesa Diretora, Gilmar Rotta, Pedro Kawai e Ronaldo Moschini também levantaram questionamentos e deram sugestões, que vão desde a ampliação da divulgação dos laudos na mídia local, até a mudança no projeto, como de apenas se retirar da rede principal que despeja da galeria pluvial do Shopping. “A mudança do projeto -- segundo Gilmar Rotta – pode baratear as obras e evitar que a população, no futuro, passe a ter problemas em suas casas com o retorno d´água pluvial”.

Adriana Flores também fez esclarecimentos sobre outros assuntos. Os prejuízos dos lojistas serão cobertos pelo seguro. Não houve qualquer pessoa ferida e, no momento das chuvas, toda a equipe ficou em estado de alerta – o que acontece até hoje – para o isolamento dos corredores alagados. Uma parede foi construída, por apenas dois dias, numa saída de emergência – justamente no local de alagamento – enquanto se construía uma porta de ação para servir de comporta nos dias chuvosos.



Segurança Matheus Erler

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