Maurício Angeli Maranhão de Carvalho, ocupou a tribuna popular, da Câmara de Vereadores de Piracicaba, na noite de ontem (4), por ocasião da 17ª reunião ordinária. Na oportunidade abordou sobre a temática: O papel do Município no fomento da geração de energia limpa.

Carvalho considerou a importância de um tema cada vez mais relevante, muito presente na mídia, onde o município pode fazer muita coisa efetiva. Também falou um pouco do impacto dentro da arrecadação do município, com a exploração da energia limpa.

Formado em engenharia elétrica pela Unicamp, piracicabano, Carvalho informou que trabalhou em várias multinacionais e voltou para Piracicaba, por acreditar no tema e, com vistas ao crescimento da cidade.

Também apresentou dados de mercado, apontando que 90% da energia é hidrelétrica e termoelétrica, com a queima de carvão, o que pesa no bolso do contribuinte. Citou que a previsão é que em 30 anos a demanda por energia crescerá em 200%. "Não dá mais para construir grandes hidrelétricas, sendo que as fontes de energias virão de energia limpa. E fotovoltaica. É um contexto estratégico que vale a pena incrementar", disse.

Carvalho apontou dados de mercado, sobre tecnologia que funciona há mais de 40 anos na Europa e que por aqui é novidade. E, citou que a energia eólica não está disponível em todo local, diferente da fotovoltaica, que está em todo lugar, onde placas produzem energia elétrica, que abastecem casas e indústrias e o excedente vai para a rede elétrica, sem quaisquer resíduos.

Carvalho disse que o projeto se paga sozinho. Não tem gasto extra. O argumento econômico é muito forte. "Na parte regulatória, a ANEEL cumpre a sua parte, embora há um desincentivo do governo. É preciso usarmos mecanismos para trazer incentivos. Na Califórnia, novos empreendimentos já aplicam esta política. Muitos municípios brasileiros já usam incentivos. O apelo é que Piracicaba não fique muito atrás do que outras cidades já estão fazendo", defendeu Márcio Carvalho.