Moradores de prédios da região central da cidade, que não possuem garagens, poderão estacionar gratuitamente, por duas horas diárias, nas ruas próximas aos seus endereços. A informação foi dada pelo secretário municipal de Trânsito e Transportes, Jorge Akira, ao vereador José Antonio Fernandes Paiva (PT). Em maio deste ano, o parlamentar promoveu reunião pública para tratar do problema, que atinge 206 residências plurifamiliares, do centro da cidade.

Em maio, o secretário comprometeu-se em estudar as demandas levantadas durante a reunião e, em 90 dias, apresentar um estudo ao mandato de Paiva, que indicaria caminhos para levar aos cidadãos uma solução, mesmo que em caráter experimental.

Segundo Akira, a maior preocupação do poder público é não ameaçar a credibilidade do sistema de estacionamento público rotativo que, ao seu ver, trouxe uma solução para a falta de vagas para estacionamentos na área central da cidade. “A possibilidade que apresentamos é a de conceder duas horas de gratuidade, a fim de reduzir os custos dos moradores que têm que estacionar próximo às suas residências, em algum momento do dia”, explicou Akira.

Para o secretário, as pessoas que possuem carros e residem em prédios sem garagem, na grande maioria, possuem a alternativa de estacionamentos privados durante a noite.

A secretaria municipal de Trânsito e Transportes recebeu, em maio, um levantamento extraoficial do mandato de Paiva, que identificou os prédios sem vagas e com vagas insuficientes para atender à demanda dos moradores. “Na ocasião já compreendíamos que seria impossível atender as demandas na totalidade, porque há prédios com vagas, mas com mais carros por apartamentos do que vagas. Nossa meta foi amenizar a situação de quem não tinha vagas”, explicou Paiva.

Nestas condições, são seis os prédios no centro da cidade, totalizando 283 apartamentos e 122 apartamentos com necessidades de vagas. “Isso porque nem todo morador tem um carro”, complementou. Moradores de prédios com vagas e que necessitariam de uma segunda vaga ou cujas vagas são usadas por outros apartamentos totalizam 84.

OFICIAIS DE JUSTIÇA – Outra demanda coletada na reunião de maio e que pode ter uma solução em breve é quanto aos oficiais de Justiça que necessitam trabalhar com veículo próprio. Eles relatam que têm dificuldades em cumprir os mandados expedidos.

Os trabalhadores comentaram que, com a necessidade, muitas vezes de surpreender o intimado, o estacionamento rotativo é um complicador no exercício da mobilidade. Segundo Akira, a Semuttran ainda estuda a possibilidade em conceder uma licença para o estacionamento, mas deve sinalizar positivamente com uma solução.