O vereador Laércio Trevisan Jr. (PR) usou a tribuna da Câmara de Vereadores de Piracicaba, na reunião ordinária desta segunda-feira, 17, para destacar o parecer do Tribunal de Contas do Estado (1670026/08), sobre as contas da administração municipal de 2008. “Estamos no final de 2011, e somente chegou agora o parecer sobre as contas de três anos atrás”, disse, ao ressaltar que “a coisa (avaliar as contas da administração) é muito demorada”.

De acordo com a análise, feita pelo vereador, houve acúmulo de dívida de 74 milhões de reais, parcelados, “com certeza, em 60 vezes, o prazo máximo estipulado pelo INSS”. Para Trevisan Jr., não dá para saber ao certo como está o tamanho da dívida, atualmente, já que, naquela época, a dívida da Prefeitura representava 14,79 por cento do Orçamento de 621 milhões.

Trevisan Jr. também destacou o não atendimento a cláusulas constitucionais sobre investimentos em Educação (estipulado em 25 por cento do Orçamento Municipal) – “mas o qual só foi utilizado em torno de 20 por cento ”, disse o vereador – e Saúde (estipulado em R$ 135 milhões naquele ano, mas só foi utilizado 73 milhões, segundo o legislador). “Além disso, Piracicaba ficou abaixo do índice paulista de responsabilidade social, com queda no ranking de educação”, disse.

Para ele, é preciso ir mais a fundo para entender cobrar explicações da Prefeitura Municipal em torno das contas. “O que tínhamos, antes, era uma ideia de as coisas não iam bem, agora temos certeza”, disse ele.

Na manhã desta terça-feira, 18, o vereador Laércio Trevisan Jr. (PR) protocolou cinco requerimentos questionando o prefeito Barjas Negri sobre o porque de não ter sido utilizado R$ 61 milhões do Orçamento da Saúde. “Quero saber onde foi parar este dinheiro”, disse o vereador.

Texto: Erich Vallim Vicente MTb 40.337
Foto: Gustavo Annunciato MTb 58.557