
14 DE MAIO DE 2013
O vereador Laércio Trevisan Júnior (PR) usou a tribuna, em reunião ordinária na noite desta segunda-feira (13), para comentar sobre o inquérito aberto pelo Ministér (...)
O vereador Laércio Trevisan Júnior (PR) usou a tribuna, em reunião ordinária na noite desta segunda-feira (13), para comentar sobre o inquérito aberto pelo Ministério Público de Piracicaba para investigar supostas irregularidades na Secretaria Municipal de Agricultura e Abastecimento, comandada por Waldemar Gimenez.
Segundo as denúncias, feitas pelo próprio Trevisan, o titular da Sema teria determinado a realização de obras em um acesso a uma propriedade sua localizada na zona rural. "O que mais me estranhou foi que a Prefeitura informou, em nota, que a Procuradoria ainda não foi notificada e, portanto, não iria se posicionar. Disse que vai provar que as acusações são infundadas e de cunho pessoal", comentou o vereador.
Trevisan declarou que, "se cunho pessoal for relatar e pedir providências e denunciar o uso de máquina pública em outra cidade e de caminhão para levar cascalho a usineiro", vai prosseguir com as denúncias. "Agora, do princípio da impessoalidade e da moralidade não se fala nada", criticou o parlamentar.
Na tribuna, Trevisan exibiu fotos e um vídeo de obras que, segundo ele, teriam sido direcionadas para favorecer determinados moradores da zona rural. Ele disse esperar que, quando o Ministério Público fizer a convocação de testemunhas para falar sobre o caso, os funcionários da Sema digam tudo o que sabem. "Quando forem chamados, falem a verdade, porque servidor público obedece. Ele não é o responsável; foi mandado fazer e cumpre ordem."
Trevisan disse que, em um dos locais suspeitos de receberem melhorias direcionadas pela Secretaria Municipal de Agricultura e Abastecimento, as obras pararam no dia seguinte às denúncias que ele fez. "Após esse vereador trazer a denúncia, no dia seguinte parou a obra nessa fazenda. Na hora em que denunciou, parou tudo."
"Tenho certeza de que, quando o Ministério Público chamar o morador de lá, ele vai falar o que aconteceu, aí vamos confrontar quem vai falar a verdade perante o MP. Vamos ver se no local foi colocada, de novo, a terra em cima, se aí é cidade de Piracicaba ou quem foi privilegiado. Aí vamos verificar", concluiu Trevisan.
TEXTO: Ricardo Vasques / MTB 49.918
FOTO: Fabrice Desmonts / MTB 22.946