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18 DE AGOSTO DE 2021

Roda de conversa debate formas de manter vivo o folclore piracicabano


Evento foi promovido pela Escola do Legislativo nesta terça-feira.



EM PIRACICABA (SP)  

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Encontro on-line aconteceu via plataforma Zoom, e com transmissão simultânea pelo YouTube





"Figuras folclóricas de Piracicaba: difusão e perpetuação desse importante aspecto da nossa cultura" foi tema de roda de conversa promovida pela Escola do Legislativo “Antonio Carlos Danelon – Totó Danelon", da Câmara Municipal de Piracicaba, na terça-feira (17).

O debate foi em torno das figuras folclóricas da cidade, de maneira a preservar, difundir e perpetuar histórias e aspectos sociais e culturais inerentes a elas, tendo como base o acervo documental da Câmara Municipal de Piracicaba e do Instituto Cecílio Elias Netto.

O evento aconteceu de maneira on-line, via plataforma Zoom e com transmissão simultânea pelo YouTube. Estiveram a diretora da Escola, vereadora Silvia Morales (PV), do mantado coletivo "A Cidade É Sua" e o coordenador da Escola, vereador Pedro Kawai (PSDB). Como facilitadores, a roda de conversa recebeu o escritor Cecílio Elias Netto; o produtor artístico e cultural Carlos ABC e a contadora de histórias Carmelina de Toledo Pizza.

Para mediar a conversa, contou com o jornalista Rodrigo Alves, chefe do Departamento de Comunicação Social da Câmara Municipal de Piracicaba.

No cenário atual, para Cecílio, o folclore vive período de transição. “Precisamos admitir que o folclore, não apenas o de Piracicaba, mas o brasileiro, está ameaçado por novas tecnologias e formas de publicação. Hoje, se você perguntar quantas pessoas assistiram ao cururu em Piracicaba, eu tenho as minhas dúvidas se será muita gente”, ressaltou.

De acordo com o jornalista, Piracicaba vive momento de ignorância da própria história. “Quando não se ensina a nossa história para nossas crianças, eu acho que o futuro não pode ser brilhante”, disse.

Na história folclórica piracicabana, a cidade é berço de um dos grandes cantores de cururu, Nhô Serra, conhecido como um dos maiores representantes no Brasil do estilo.

A história do compositor foi o que inspirou, ainda criança, Carmelina de Toledo Pizza a se dedicar à contação de histórias. Para ela, “é preciso alimentar as crianças com cultura”.

“Eu sou contadora de histórias porque um dia morei na rua da Glória, a meio quarteirão da casa do Nhô Serra e, aos sete anos, todo sábado à noite, eu ouvia cururu. Hoje eu digo que sou contadora de histórias porque tive 'cururueiros' na minha vida”, disse.

Carmelina destacou ainda a necessidade de educadores se dedicarem para manter vivo o folclore local. “Eu levo isso aos professores para que sejam contadas lendas piracicabanas, para que seja feito esse resgate”.

O produtor artístico e cultural, Carlos ABC, foi o responsável pelo roteiro e direção do espetáculo teatral “O Lugar onde o Peixe Para”, nome que traduz ao português o significado da palavra “Piracicaba” do Tupi-Guarani, que dá nome a cidade.

“Quando entrei com a proposta para o grupo teatral Andaime, para fazer esse espetáculo, a discussão era se haveria interesse de pessoas fora de Piracicaba em assistir, que não fossem da cidade, e eu acreditava muito. Como resultado, ganhamos oito festivais nacionais de teatro, fomos para a Europa falando de Piracicaba, com apresentações no norte da Itália, além de prêmios individuais e coletivos de linguagem e pesquisa”, contou.

A íntegra da roda de conversa pode ser assistida no canal da Escola no YouTube.

 



Texto:  Pedro Paulo Martins
Supervisão:  Rodrigo Alves - MTB 42.583
Revisão:  Erich Vallim Vicente - MTB 40.337


Escola do Legislativo

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