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20 DE MAIO DE 2014

Reunidos com Paiva e secretário, moradores pedem mão única em rua


Em reunião com Paiva e Jorge Akira, da Semuttran, moradores solicitaram mão única de direção na rua Buenos Aires.



EM PIRACICABA (SP)  

Foto: Fabrice Desmonts - MTB 22.946 (1 de 6) Salvar imagem em alta resolução

Conversa reuniu cerca de 20 moradores, Paiva e Jorge Akira, da Semuttran

Conversa reuniu cerca de 20 moradores, Paiva e Jorge Akira, da Semuttran
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Jorge Akira mostra o mapa do trânsito na região a Rosângela e Paiva

Jorge Akira mostra o mapa do trânsito na região a Rosângela e Paiva
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Fluxo de carros, motos, ônibus e caminhões...

Fluxo de carros, motos, ônibus e caminhões...
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...na rua Buenos Aires é intenso nos dois sentidos

...na rua Buenos Aires é intenso nos dois sentidos
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Alguns motoristas que vêm da rua Buenos Aires para pegar o sentido oposto ao Centro...

Alguns motoristas que vêm da rua Buenos Aires para pegar o sentido oposto ao Centro...
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...da Francisco Luiz Rasera invadem a alça usada por quem está no outro sentido (ao fundo da foto) para "cortar caminho"

...da Francisco Luiz Rasera invadem a alça usada por quem está no outro sentido (ao fundo da foto) para "cortar caminho"
Foto: Fabrice Desmonts - MTB 22.946 Salvar imagem em alta resolução

Conversa reuniu cerca de 20 moradores, Paiva e Jorge Akira, da Semuttran





O terreno esburacado, povoado por inúmeros mosquitinhos, foi o local mais seguro para abrigar a reunião entre cerca de 20 moradores do Parque Água Branca, o vereador José Antonio Fernandes Paiva (PT) e o secretário municipal de Trânsito e Transportes, Jorge Akira, na tarde desta terça-feira (20).

Afinal, o verdadeiro problema "morava" logo ao lado. Desde que um loteamento foi aberto na região, cinco meses atrás, o trecho final da rua Buenos Aires tornou-se bastante perigoso, com fluxo intenso nos dois sentidos. A via é a única ligação direta para quem quer se deslocar entre o recém-criado Jardim Monte Feliz e a estrada Francisco Luiz Rasera.

E, se nada for feito (o pedido dos moradores é para que a rua tenha sentido único de direção), o trânsito só tende a piorar, à medida que o novo loteamento receber mais moradores. O cenário atual em nada se compara ao que se via até o início deste ano, quando, até então, a rua era sem saída, o que permitia que crianças brincassem nela livremente.

"Desbloquearam esse trecho e soltaram todo o trânsito numa rua só. O pessoal não está acostumado", diz a secretária Rosângela Calegari, que reside na rua Buenos Aires há cinco anos. Um abaixo-assinado, com adesões de um grupo representando os 20 mil moradores da região, foi entregue a Jorge Akira para reforçar o pedido pela mudança no sentido da via.

CAMINHO PRINCIPAL - Com a abertura da rua Buenos Aires para transformá-la na principal ligação interbairros, a via passou a receber quase a totalidade dos carros que estão na avenida Edne Rontani Bassete e querem seguir em direção à estrada Francisco Luiz Rasera. Até há uma rua alternativa para quem deseja acessar o "miolo" do Parque Água Branca, mas ela não é conveniente para a maioria dos motoristas ––chega-se até ela por uma rotatória, a seis quadras de distância.

"A rua Buenos Aires era fechada. Quando eles abriram o loteamento, ela ficou como a principal do bairro. É um fluxo muito grande para uma única rua. Já tivemos atropelamentos, batidas de carros, mortes de animais. Os motoristas viram muito rápido aqui", conta Rosângela. "No último acidente que aconteceu aqui, há uns 40 dias, um rapaz quebrou o punho, com fratura exposta, e o poste [contra o qual um carro envolvido no acidente colidiu] foi arrancado com a batida e precisou ser trocado."

Para piorar, a avenida Edne Rontani Bassete, de onde vêm os carros que acessam a rua Buenos Aires com destino à estrada Francisco Luiz Rasera, é convidativa para rachas nos fins de semana, já que é um traçado plano, reto e sem obstáculos. Os moradores pedem a instalação de redutores de velocidade para conter o abuso dos motoristas.

PRIORIDADE DA SEMUTTRAN - Jorge Akira ouviu atentamente a preocupação expressa pelos moradores do Parque Água Branca. Ele disse que é uma prioridade da própria Prefeitura eliminar, ao máximo, as ruas de mão dupla, por questões de segurança, estacionamento e melhor fluidez do trânsito.

"Estamos na Semuttran mudando várias ruas da cidade, de mão dupla para mão única. Primeiro, fazemos um estudo, que não é demorado, e depois mostramos num mapa as mãos de direção existentes e a proposta de mudança. Nós passamos esse estudo ao vereador e ele o apresenta aos moradores. Havendo a concordância da população, marcamos a mudança dessa mão de direção."

Jorge Akira afirmou que apenas a análise de todo o trânsito da região dirá qual sentido será melhor adotar na via. "Por isso, fazemos o estudo, olhando não só o local, mas o entorno."

Para Paiva, a reunião deixou claro que há "uma boa chance de transformar em mão única" o trecho final da rua Buenos Aires. O vereador expressou o desejo da população para que na via seja adotado o sentido Francisco Luiz Rasera–Jardim Monte Feliz, que tornaria o trânsito "mais previsível" aos moradores da rua, evitando que fossem surpreendidos pelas conversões bruscas de quem vem pela avenida Edne Rontani Bassete.

Jorge Akira declarou que a confecção do estudo é rápida e que, entre 10 e 15 dias, os moradores já devem conhecer a proposta da Semuttran para poderem opinar sobre ela. No entanto, se a mudança de fato for definida, sua implementação, segundo o secretário, deve ocorrer ao final da Copa do Mundo, já que se estima que, durante a competição, haverá dificuldades para comunicar com eficiência qualquer alteração no trânsito da cidade aos motoristas.

Em ocasiões assim, a secretaria usa a tática de distribuir um folheto informativo à população, detalhando num mapa as novas rotas. "Toda mudança de mão de direção precisa ser informada antes, porque muda de uma hora para outra, e o pessoal está acostumado já com um sentido. Além disso, colocamos agentes de trânsito nos primeiros dias no trecho, para estarem orientando os motoristas, não multando", frisou.

ROTATÓRIA - Além dos pedidos para a adoção de mão única no trecho final da rua Buenos Aires e da colocação de redutores de velocidade na avenida Edne Rontani Bassete, os moradores do Parque Água Branca cobram a remodelação de uma parte da estrada Francisco Luiz Rasera.

O problema está no acesso usado por quem vem da rua Buenos Aires para pegar a estrada no sentido oposto ao Centro. O correto é o motorista que vem da Buenos Aires fazer a conversão à direita na Francisco Luiz Rasera, andar por 200 metros e, só então, pegar o retorno para o sentido contrário.

No entanto, alguns condutores simplesmente invadem a alça usada por carros que querem acessar a rua Buenos Aires, gerando iminentes riscos de colisão num trecho com pouca visibilidade.

"Ali, temos acidentes porque principalmente motos e carros não querem fazer a rotatória. Acabam entrando na contramão porque não querem andar 200 metros", denuncia Rosângela. "O risco é maior para as mães que voltam da creche com as crianças no carrinho de bebê."

Jorge Akira afirmou já estar atento à situação. "Nesse local, estamos estudando fazer como se fosse uma rotatória, para diminuir a distância e o motorista não precisar ter que andar uns 200 metros e voltar", comunicou.



Texto:  Ricardo Vasques - MTB 49.918


Trânsito e Transportes José Paiva

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