
14 DE MARÇO DE 2017
Categoria procurou parlamentares para manifestar contrariedade ao serviço
Aproximadamente 40 taxistas participaram de encontro na sala de reuniões do prédio anexo
Taxistas procuraram a Câmara para apresentar seus argumentos contrários ao serviço de transportes Uber. O Sindicato dos Condutores e Autônomos de Veículos Rodoviários de Piracicaba reclamou da queda de 15% no movimento de clientes desde o início de fevereiro, data em que o aplicativo passou a funcionar na cidade.
O presidente da Câmara, vereador Matheus Erler (PTB), acolheu as reivindicações do presidente do sindicato, Jorge Luís de Paula, na manhã desta terça-feira, 14. A reunião teve também a participação dos vereadores Coronel Adriana (PPS), Gilmar Rotta (PMDB), Lair Braga (SD), Nancy Thame (PSDB) e Wagner Oliveira (PHS).
Erler se disse solidário à demanda e destacou a importância de a categoria se unir em prol de uma causa. Ele disse ser contra qualquer tipo de concorrência desleal, porém lembrou que é preciso que o sindicato ouça o prefeito Barjas Negri e a Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes, por se tratar de uma atribuição que compete ao Executivo.
Os taxistas confirmaram que a próxima assembleia da categoria acontece no sábado, 18, às 10h30, no Sest/Senat. Eles têm a expectativa que algum representante da prefeitura esteja na reunião, porém não possuem a confirmação de presença de qualquer nome.
Segundo Jorge Luís de Paula, é preciso cumprir uma série de exigências para que o motorista obtenha a licença de taxi, assim como na sua renovação. Além disso, a categoria já sofre com a concorrência desleal de taxis clandestinos, vans e motos em operação na cidade, que utilizam veículos camuflados e de placas cinzas.
O advogado Luciano Masson, que representa a categoria, informou que a cidade conta com 269 taxistas em atuação. Na opinião dele, o Uber não será capaz de manter a competitividade. Ele lamentou que a discussão sobre o assunto no contexto nacional culminou com a difamação da categoria diante da opinião pública.
Coronel Adriana disse que a concorrência é livre apenas quando acontece entre iguais, o que não se aplica, na opinião dela, ao episódio Uber x táxis. Nancy Thame disse que a categoria merece respeito e lembrou que uma eventual proibição pode não ser suficiente. Para ela, é preciso que os taxistas repensem suas estratégias, levando em conta a era digital.
Lair Braga relembrou casos de taxistas mortos e assaltados na cidade, ao falar sobre os riscos da profissão. Wagner Oliveira manifestou seu apoio total à causa, enquanto Gilmar Rotta defendeu audiência pública sobre o assunto.
A reunião contou ainda com assessores dos vereadores André Bandeira (PSDB), José Aparecido Longatto (PSDB), Pedro Kawai (PSDB), Paulo Serra (PPS) e Osvaldo Schiavolin (PSDB).